Chefe aceita fim do ‘modo festa’, mas vê “todo mundo contra Mercedes” na F1

A configuração de potência extra do motor virou coisa do passado, e Toto Wolff encara nova realidade. O dirigente sente que “cada equipe, cada acionista” quis limitar força da Mercedes

A Mercedes terá um GP da Itália diferente nesta semana. É a primeira corrida sem o ‘modo festa’, configuração de potência extra, agora banida. A equipe prateada perde subitamente um dos elementos que a tornava quase imbatível em treinos classificatórios. O chefe Toto Wolff sente isso na pele: por mais que entenda os motivos por trás da decisão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o dirigente sente que “todo mundo se juntou” contra a atual campeã da Fórmula 1.

Mesmo aceitando que o fim do modo festa é uma forma de tornar as unidades de potência da F1 mais simples, Wolff não consegue evitar a sensação de que trata-se de uma tentativa de embaralhar um campeonato novamente dominado pela Mercedes.

“Acima de tudo, creio que a FIA está com dificuldades para analisar todos os dados. Essas unidades de potência se tornaram extremamente complicadas”, comentou Wolff, entrevistado pela Sky Sports. “Nós queremos que seja mais fácil policiar os motores, então provavelmente foi uma boa ideia [banir o ‘modo festa’] para eles. Só que, por outro lado, todo mundo vai se juntar contra você quando se está disparando no campeonato e conquistando todas poles. Cada equipe, cada acionista. Acho normal”, refletiu.

TOTO WOLFF; MERCEDES
Toto Wolff refletiu sobre o fim do ‘modo festa’, banido da F1 (Foto: Mercedes)

A expectativa é de que a Mercedes siga com a melhor unidade de potência da F1, o que já encaminha pole-position no veloz traçado de Monza. Só que Toto Wolff não sabe se será com tanta facilidade quanto antes.

“Acho que vai nos prejudicar em certos aspectos porque desenvolvemos o motor para ser muito bom em classificação. Estamos chegando realmente perto do limite [de desenvolvimento]. Preciso tirar meu chapéu a todos em Brixworth [fábrica de motores da Mercedes]. É um pouco irritante que nos tornem mais lentos, porque isso tira o crédito do trabalho inacreditável que foi feito na divisão de alta performance, principalmente no ano passado. Mas é assim que é. Esse tipo de coisa acontece na F1 há algum tempo. Eu lembro que proibiram o difusor da Red Bull [em 2011]. Vamos aceitar isso com espírito esportivo e tentar fazer um bom trabalho”, encerrou.

O GP da Itália desta semana acontece com os dois campeonatos da F1 já se encaminhando, mesmo antes do fim da primeira metade da temporada. Lewis Hamilton tem 47 pontos de vantagem no Mundial de Pilotos sobre Max Verstappen, vice-líder. No de Construtores, a Mercedes abre 104 tentos sobre a Red Bull.

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