Chefe da Alpine rechaça “jogo de poder” na equipe e coloca Briatore “acima de todos”

Oliver Oakes, chefe da Alpine desde a saída de Bruno Famin em agosto de 2024, detalhou como funciona a hierarquia da equipe desde a volta de Flavio Briatore como consultor

A Alpine vive uma fase de mudanças na Fórmula 1. Além da chegada de Jack Doohan para a temporada 2025 e o fim da produção de motores da Renault em 2026, a equipe também tem promovido muitas alterações no corpo diretivo. Além da chegada de Flavio Briatore como consultor executivo, a esquadra também contratou Oliver Oakes como novo chefe de equipe. Agora, o britânico explicou como está a divisão de poderes dentro do time. 

Em entrevista ao portal PlanetF1, Oakes detalhou que Briatore está acima de todos na equipe. Apesar disso, reforçou que não há um organograma fixo ou disputa por poder interno e garantiu que há uma relação transparente entre os dois e Luca de Meo, CEO da Renault. 

“Flavio está acima de todos. Ele já esteve lá e fez isso muitas vezes, e acho que está bem claro o alinhamento entre eu, Flavio e Luca. Estamos juntos em tudo, não há organograma ou jogo de poder, é realmente transparente, e acho que provavelmente isso era algo que faltava antes também. No meu caso, sou o homem do campo, que fica na fábrica e na pista”, descreveu Oakes. 

Além disso, Oakes afirmou que outras equipes da Fórmula 1 também têm uma organização similar a da Alpine, caso da McLaren, por exemplo, que tem Andrea Stella como chefe e Zak Brown no posto de CEO. 

Oliver Oakes e Flavio Briatore chegaram à Alpine durante 2024 (Foto: Alpine)

“Acho que pode ver que o Flavio também está na maioria das corridas e em Enstone alguns dias por semana também. Acho que, se olhar para as equipes da F1 que foram bem-sucedidas ao longo dos anos, houve uma liderança muito forte e sempre estavam alinhadas”, explicou. 

“Nossa estrutura não é diferente de algumas outras equipes no grid. Somos nós três aqui: o Luca como CEO, o Flavio como conselheiro executivo e eu como chefe de equipe. Acho que cargos não significam muito. O que importa é se os três estão alinhados na direção em que estão indo”, completou. 

Perguntado se Briatore serve como uma espécie de mentor para Oakes, o chefe da Alpine brincou que “às vezes ele me dá um puxão de orelha”, mas confirmou o papel sênior que o italiano tem nos bastidores. 

“Ele já esteve nesta equipe duas vezes, e nas duas vezes conseguiu reverter a situação. Acho que essa experiência, essa paixão que tem, são contagiantes. Acho que, obviamente, a F1 mudou bastante ao longo dos anos, mas o básico continua o mesmo”, detalhou. 

Oliver Oakes e Flavio Briatore conversam. Até na hora de anunciar o novo chefe, Briatore quis aparecer mais (Foto: Alpine)

“Acho que tê-lo comigo ajuda a apoiar isso, porque é um trabalho grande. São cerca de 900 pessoas e 24 corridas. Não é um show de uma só pessoa e também temos o David [Sanchez] como diretor-técnico, que se juntou logo antes de mim. Anunciamos o Dave Greenwood também”, lembrou Oakes. 

“Acho que não é apenas eu, Flavio e Luca. Tem dois ou três abaixo de mim também, que fazem parte desse grupo de liderança. Isso é exatamente o que é necessário para ter uma equipe forte”, concluiu. 

Por enquanto, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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