Chefe da Associação de Pilotos da F1 cobra FIA por testes mais rígidos e fim das zebras altas
Motivado pelos acidentes de F1 e F2 em Silverstone, Alexander Wurz pediu para que Federação Internacional de Automobilismo implemente testes de colisão "mais rígidos" e afirmou que órgão regulador "tem trabalho a fazer"
Presidente da Associação de Pilotos de GP, Alexander Wurz fez cobranças públicas à FIA (Federação Internacional de Automobilismo), pedindo para que o órgão regulador aumente a segurança da categoria em duas áreas específicas.
A declaração acontece após o fim de semana da F1 na Inglaterra. Logo na largada, após toque de Pierre Gasly em George Russell – que, em alta velocidade, acabou batendo no carro de Guanyu Zhou -, o piloto da Alfa Romeo capotou e foi arrastado de ponta-cabeça por asfalto e brita, só parando entre a barreira de pneus e a grade da arquibancada da curva 1.
Relacionadas
“Que eu me lembre, a última vez que um Santo Antônio quebrou na F1 foi em 1999, em Nürburgring – quando Pedro Diniz ‘pulou’ por cima de mim”, disse Wurz, referindo-se ao fato de que a peça – que ocupa um espaço acima da cabeça do piloto justamente para evitar que o competidor fique exposto ao asfalto -, no carro de Zhou, facilmente quebrou na colisão em Silverstone no último domingo.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
“Isso levou a testes de colisão mais rígidos, requisitados pela GPDA (sigla para Associação de Pilotos de GP, em português) e rapidamente implementados e executados pela FIA. Presidente (Mohammed Ben Sulayem), por favor confira suas mensagens. Temos trabalho a fazer”, cobrou Wurz.
O ex-piloto, que assume a função desde 2014, também lembrou de outro acidente ocorrido neste fim de semana, em Silverstone, na sua cobrança à FIA. Na Fórmula 2, Roy Nissany forçou Dennis Hauger para fora da pista ao tentar se defender de uma ultrapassagem ainda na primeira volta. O norueguês passou por uma zebra-‘salsicha’ na curva 16 e decolou, atingindo o israelense e causando abandono duplo. O halo foi crucial para evitar lesões graves no piloto da DAMS.
“Tenho dificuldades de me segurar publicamente ao falar sobre as zebras altas. Por que temos elas? Por que nada é feito com relação a isso? Fato é: elas são e sempre foram um conceito malnascido. Quantos saltos mais temos que ver? Quantas lesões mais temos que testemunhar?”, disparou Wurz.
LEIA TAMBÉM
+ Bottas espera que acidente na F2 seja “gatilho” para fim das zebras altas no esporte