Chefe da Caterham afirma se arrepender de não ter mudado endereço da equipe no “primeiro dia” da nova administração

Manfredi Ravetto, no cargo de chefe da Caterham desde julho, disse que deveria ter tirado as operações de F1 da fábrica em Leafield, evitando problemas judiciais, como os que aconteceram na semana passada, quando oficiais de justiça confiscaram alguns bens da equipe

Tentando salvar a Caterham e promover uma reconstrução da equipe, o novo chefe Manfredi Ravetto afirmou nesta sexta (3) que cometeu um erro não deixando a fábrica da equipe, em Leafield, na Inglaterra. Dessa forma, a equipe evitaria problemas legais causados por velhas dívidas, deixadas – segundo a equipe – pelos donos anteriores, encabeçados pelo bilionário malaio Tony Fernandes. 
 
Escolhendo permanecer em Leafield, a Caterham acabou tendo alguns bens confiscados por um oficial de justiça ainda na semana passada. Ravetto afirmou que foi um erro estratégico escolher ficar na antiga fábrica.
 
"Eu posso provavelmente admitir um erro do nosso lado com a intenção de manter a estrutura como um todo quieta, para evitar drama, para evitar uma revolução depois de termos assumido, nós decidimos não fazer a separação física. E hoje, eu me arrependo. Deveríamos ter feito uma separação física e geográfica do primeiro dia", disse.
Manfredi Ravetto chegou à Caterham junto dos novos donos no mês de julho (Foto: Getty Images)
Várias coisas foram levadas pelo oficial de justiça, em tese para um leilão, mas um pedido legal da Caterham, que garante o erro na cobrança das dívidas sendo feitas a 1MRT – dona atual da equipe -, fez com que o leilão fosse suspenso. Ainda de acordo com Ravetto, as coisas levadas eram mobília, não artefatos automobilísticos. 
 
"Um oficial de justiça removeu algumas coisas, mas foi mais mobília do que coisas importantes de corrida. Eles têm uma carta de nossos solicitantes, então a mobília terá de ser devolvida", seguiu.
 
Ainda com várias dívidas deixadas pelos antigos donos a serem resolvidas, o chefe da Caterham não se comprometeu com a vida da equipe. Disse que não pode dar comprovações de que time existirá sequer até o final do ano.
 
"Não posso te dar uma garantia bancária de que estaremos na F1 até o fim da temporada ou ano que vem, mas quem é que pode? Estou muito confiante, mas do outro lado também somos realistas. Sabemos onde estamos, onde o time está. É por isso que estamos relaxados a esse respeito", afirmou.
 
"Nós herdamos um time em colapso. Os donos anteriores estavam encerrando a operação. Então, estamos tentando estabilizar, melhorar e gerar valor para os investidores. É simples assim", encerrou.
 
No Japão, a Caterham disputa o GP em Suzuka no próximo domingo, 5.

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