Chefe da Mercedes ignora ‘match-point’ de Hamilton e vê Austin como “uma corrida como outra qualquer”

A Mercedes tem um retrospecto sólido no Texas e acumulou quatro poles e quatro vitórias desde o início da nova Era Turbo, a partir de 2014. Mesmo assim, Toto Wolff opta pela cautela

Desde que a F1 adotou o regulamento dos motores híbridos, a partir de 2014, a Mercedes jamais foi superada nos Estados Unidos. Desde então, a escuderia prateada largou na pole quatro vezes, duas com Nico Rosberg e outras duas com Lewis Hamilton, e triunfou de forma consecutiva, todas com o britânico. Hamilton, inclusive, tem seu primeiro ‘match-point’ pelo pentacampeonato neste fim de semana no Circuito das Américas, em Austin, e pode confirmar o título se somar oito pontos a mais do que Sebastian Vettel. Em suma: caso repita o resultado dos últimos anos e o alemão termine de terceiro para trás, Hamilton então vai igualar a lendária marca de Juan Manuel Fangio na F1.
 
No entanto, Toto Wolff, chefe da Mercedes, não dá nada por vencido. O discurso do dirigente austríaco é de humildade e cautela e, mesmo com a má fase da Ferrari nas últimas corridas, alertou para o potencial da equipe de Maranello neste fim de semana no Texas.
 
“Não poderíamos ter obtido um resultado melhor nas corridas da Rússia e Japão. Conseguimos ampliar nossa vantagem nos dois campeonatos e a equipe inteira rendeu num nível muito alto. Ainda que não esperávamos ter o carro mais rápido no verão, vimos que a performance mudou recentemente a nosso favor, mas tudo esteve muito mais apertado do que pareceu nas últimas corridas”, disse Wolff.
Toto Wolff adotou a cautela no discurso antes da prova que pode dar o penta a Lewis Hamilton (Foto: Mercedes)

“A Ferrari tem um carro muito rápido, e eles vão seguir nos pressionando até a última corrida, em Abu Dhabi. Eles foram rivais muito duros nas últimas 17 corridas, e não temos motivos para acreditar que isso vai mudar nas quatro que faltam para o final. Como nós, eles lutam ferozmente por cada ponto e colocação”, salientou.

 
“O fim da batalha ainda está longe. Vamos encarar Austin como uma corrida como outra qualquer, passo a passo, focados no nosso trabalho e certos de que vamos trazer performance e confiabilidade para a pista. O Circuito das Américas é uma boa pista para nós, mas o retrospecto não tem impacto neste campeonato”, ponderou o dirigente.
 
Em seguida, o chefe da Mercedes alertou que ainda há muito o que trabalhar para conquistar o objetivo de conquistar os títulos dos Mundiais de Pilotos e Construtores. “Todos na equipe sabem que não podemos colocar nada como garantido, então vamos lutar como sempre, com a mente focada e trabalhando duro para conseguir um bom resultado no Texas. A batalha pelo título vem sendo extrema e estamos ansiosos pelo próximo capítulo da batalha épica vermelha e prateada”, complementou.
 
Por fim, o austríaco ressaltou o bom momento vivido por Hamilton, que emplacou nada menos que seis vitórias nas últimas sete corridas, e também Valtteri Bottas, que vem ajudando o britânico nas últimas corridas na sua luta pelo pentacampeonato.
 
“Conseguir duas dobradinhas também demonstra o quão bem rendem nossos pilotos. Com seis vitórias nas últimas sete corridas, Lewis mostra a classe que tem. Tanto dentro como fora da pista, ele está mais completo do que nunca, mostra uma performance de comandante dentro do carro e desafia a equipe a render ao mais alto nível ao mesmo tempo”, analisou.
 
“Valtteri teve algumas corridas complicadas no verão, mas voltou forte nas últimas etapas, foi competitivo em Sóchi e Suzuka e teve espírito de equipe. Temos sorte de ter esta dupla de pilotos e sabemos que podemos contar com eles nesta fase final da temporada”, concluiu.
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