Chefe da Mercedes vê Hamilton “roubado” e recusa conversa com Masi: “Não me interessa”

Cinco dias após os eventos que se desenrolaram no GP de Abu Dhabi e que culminaram no título mundial de Max Verstappen, os efeitos da decisão da Fórmula 1 seguem gerando comentários. Desta vez, foi a vez de Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, demonstrar que ainda sente bastante incômodo com a perda do título por parte de Lewis Hamilton. O austríaco afirmou não querer contato com Michael Masi, diretor de provas da FIA e diretamente envolvido na polêmica que tomou conta da categoria após a conquista do holandês.

“Não me interessa conversar com Michael Masi”, afirmou Wolff ao ser perguntado se teve algum contato com o diretor de provas da FIA. “As decisões que aconteceram nos últimos quatro minutos da corrida roubaram Lewis Hamilton de um merecido campeonato mundial”, reclamou Toto, ao lembrar a sequência de decisões tomadas por Masi em Yas Marina após a batida de Nicholas Latifi, que acabou por permitir o título de Verstappen.

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Wolff seguiu em seu discurso inflamado, inclusive utilizando palavras fortes. O dirigente disse que o octacampeonato de Lewis Hamilton foi “roubado” pela direção de prova, mas evitou tecer ataques diretos à Red Bull ou a Verstappen — que foi elogiado.

“Sua pilotagem, principalmente nas últimas quatro corridas, foi sem erros. Teve uma liderança incontestável no domingo em Abu Dhabi desde o início. Roubá-lo na última volta é inaceitável”, continuou Wolff. “É por isso que, por um ponto de vista pessoal e profissional, meus valores e meu senso de integridade não são compatíveis com as decisões tomadas no domingo”, disse.

“Está a cargo da FIA decidir como essas decisões, essas situações, podem ser evitadas”, comentou. “Eu estaria tranquilo com Max [Verstappen] e a Red Bull vencendo o campeonato no domingo, e a situação não tem nada a ver com Max. Ele é um campeão digno, sua pilotagem é excepcional. A Red Bull é uma competidora feroz. Tenho muito respeito pelas pessoas que trabalham lá, não tem nada a ver com eles”, repetiu.

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Por fim, Wolff depositou suas esperanças na comissão criada pela FIA para investigar os incidentes de domingo. A intenção da criação do comitê é analisar as decisões tomadas nas últimas cinco voltas da corrida e criar mecanismos que evitem a repetição das cenas vistas na última etapa do ano, que encerrou uma das maiores disputas de todos os tempos na Fórmula 1 de maneira extremamente polêmica.

“Mas eu adoraria sentar aqui e evitar todas essas discussões e o dano que foi feito ao esporte pelas decisões de domingo, então a FIA precisa decidir como seguir”, explicou. “Tivemos um bom diálogo com a FIA nos útlimos dias e confio que a comissão vai formular, junto aos competidores e pilotos, as decisões certas e ações que evitem o mesmo cenário no futuro”, encerrou.

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