Chefe da Red Bull aprova proposta de motor alternativo na F1, mas avisa: “Para nós, tem de ser rentável e competitivo”

Christian Horner enxerga com muitos bons olhos a proposta da FIA e de Bernie Ecclestone de adoção de um motor alternativo para a partir de 2017. O dirigente britânico lembrou que, no passado, a categoria adotou o mesmo expediente e tinha vários motores distintos no grid: “Isso não é nada novo para a F1”

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e Bernie Ecclestone ganharam uma importante aliada na cruzada contra o domínio das fornecedoras de motor atualmente na F1. A Red Bull, que ainda luta e procura uma fornecedora para a próxima temporada, se mostrou favorável à proposta desenvolvida por Bernie Ecclestone e Jean Todt de adoção de um propulsor alternativo, V6 biturbo de 2,2 L, semelhante ao que é usado na Indy desde 2012. A ideia dos dirigentes é introduzir o motor, que seria construído por uma fornecedora independente, a partir de 2017
 
Entre as equipes do grid que se manifestaram a respeito, a Force India se mostrou favorável à proposta, bem como a Toro Rosso, equipe coirmã da Red Bull. Por outro lado, a Sauber, parceira de longa data da Ferrari, já se posicionou de forma contrária à ideia de Ecclestone e Todt. Para que o projeto seja de fato implantado em 2017, será preciso a aprovação da maioria das equipes, mas não unanimidade, como seria o caso se fosse algo para a próxima temporada.
Ainda sem acordo para 2016, a Red Bull de Horner apoia a adoção de motores alternativos na F1 (Foto: Mark Thompson/Getty Images)
Na visão de Christian Horner, trata-se de algo importante para a sustentação da própria F1 e também da Red Bull. Mas falando como chefe da equipe tetracampeã do mundo, o britânico disse que consideraria contar com uma fornecedora independente desde que o time contasse com um motor de menor custo e, principalmente, que fosse competitivo.
 
“Acho que o conceito de motor que a FIA está abordando é de algo bastante simples, um que seria facilmente construído por uma montadora independente, como a Ilmor ou a Cosworth a produzir. A questão-chave é sobre o regulamento, mas isso poderia ser considerado uma opção para a Red Bull. Acreditamos que sim, mas, claro, tem de ser algo competitivo. E tem de ser rentável”, declarou o dirigente em entrevista ao site oficial da F1.
 
Horner entende que a solução é completamente viável, uma vez que já fora adotada em outros tempos pela própria F1. “Nós vemos em outras categorias que é possível correr com motores bastante distintos, e acho que, no passado, na F1 nós tínhamos os V8, os V10, os V12 correndo ao mesmo tempo. Então isso não é nada novo para a F1.”
 

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“Há dois aspectos ao ter este motor, reduzir os custos para as equipes independentes, e o aspecto fundamental para nós é que precisamos de um motor, e um motor que possa ser competitivo”, frisou o líder do time.
 
“Um motor mais simples é leve, fácil de instalar, é biturbo, é uma tecnologia muito mais fácil de manusear do que o motor atual, e os custos serão um fator significativo. Agora é ver como a FIA vai decidir como eles vão equalizar o desempenho entre eles”, observou.
 
Por fim, o chefe da escuderia de Milton Keynes negou veementemente que a Red Bull um dia construirá seus próprios motores. “Haverá uma proposta, e a Red Bull não é montadora de motores. Nós somos um construtor de chassis”, garantiu.
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