Chefe da Mercedes fala sobre saúde mental e vê “estresse” na F1 como “zona de conforto”
Um dos profissionais mais bem-sucedidos da Fórmula 1, Toto Wolff, revelou que teve de buscar ajuda de profissionais para conseguir lidar com problemas em relação à saúde mental
Nem mesmo as pessoas mais bem-sucedidas em suas respectivas áreas profissionais estão livres de momento difíceis na vida. Chefe da Mercedes na Fórmula 1 desde 2013, Toto Wolff abriu o jogo sobre os problemas que enfrentou em relação à saúde mental ao longo de toda a carreira, deixando claro que “sempre buscou ajuda” quando percebia que não tinha o controle sobre a situação.
Antes de desembarcar nas Flechas de Prata, onde desde então liderou pilotos como Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e Nico Rosberg e levou o time à marca recorde de oito títulos conquistados de maneira consecutiva no Mundial de Construtores, o dirigente austríaco também já foi acionista da Williams. Agora, aos 52 anos de idade, Wolff revelou detalhes do que tem passado nos últimos anos.
“Tenho sofrido muito com essas coisas, não conseguindo ter um pensamento claro por meses”, disse Toto em entrevista à Sky Sports. “Mas cheguei à conclusão de que isso traz muitas vantagens. Chamo de superpoder. É isso que quero dar às pessoas que também têm problemas de saúde mental como forma de esperança”, continuou.
“Às vezes, quando estava realmente mal, ficava pensando: ‘essa pessoa não tem o que eu tenho’. E é por isso que ela pode ser mais bem-sucedida”, acrescentou. “Sempre busco ajuda. Sempre fiz perguntas desde muito cedo. Alguns dias eram tão ruins que acabei decidindo ir a um psicólogo. Provavelmente já fiz mais de 300 ou 350 horas de conversação”, revelou o chefe da Mercedes.
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Nos últimos dois anos, desde quando o novo regulamento de efeito-solo passou a vigorar na F1, a escuderia da estrela de três pontas enfrentou muitas dificuldades, conseguindo dar a volta por cima apenas recentemente, quando venceu três das últimas quatro corridas da temporada 2024 antes da pausa de verão europeu. Porém, Wolff garantiu que os momentos difíceis vividos com a escuderia alemã não são nada quando comparados com o que ele já enfrentou.
“O mais interessante são as lutas na vida real, quando não estamos onde precisamos estar com o carro, que não me afetam nem um pouco em termos de dor — zero. Porque já estive em situações muito piores”, declarou. “Esse estresse é minha zona de conforto — tentar resolver problemas, nunca desistir, mesmo que você tenha sido derrotado 100 vezes. De certa forma, fui feito para encarar esses dias mais difíceis”, finalizou o chefe da Mercedes.
A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.
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