Chefe revela problema para manter padrão alto da Mercedes: causar ‘burnout’ em equipe

A Mercedes é a equipe mais bem-sucedida da era híbrida da Fórmula 1 e exerce um domínio invejável. Mas a busca por se manter em nível tão alto pode desgastar demais, por isso, o chefe da esquadra, Toto Wolff, admitiu que enfrenta desafios para não esgotar seus comandados

Desde que a Fórmula 1 inaugurou a era híbrida, em 2014, apenas uma equipe vence. A Mercedes foi o time que melhor entendeu o regulamento e o motor V6 turbo, impondo um nível muito alto de performance. Isso graças a uma organização que trabalha afinada ao comando de Toto Wolff, que assumiu o posto de chefe ainda em 2013. Sob a liderança do austríaco nas garagens, a marca da estrela arrebatou todos os sete últimos campeonatos entre os Construtores. No Mundial de Pilotos, foram seis títulos de Lewis Hamilton e um de Nico Rosberg. Um massacre na concorrência, pois. E se alguém acha que a esquadra alemã já está satisfeita, engana-se. Porém, há um limite.

Embora a Mercedes tenha dominado a temporada 2020, mesmo diante de todos os efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus, o dirigente entende que a esquadra pode aperfeiçoar todas as frentes para 2021, ainda que o regulamento siga o mesmo. E dá a receita de como elevar o sarrafo.

“Nós podemos melhorar em todas as áreas. Nós temos de olhar para todos os erros que cometemos neste ano. Temos de olhar para toda a organização e checar onde estão as fraquezas e os espaços vazios”, afirmou o dirigente durante uma conversa com jornalistas, incluindo o GRANDE PRÊMIO.

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TOTO WOLFF; MERCEDES;
Toto Wolff disse que um dos desafios da Mercedes é manter a performance, sem causar o esgotamento da equipe (Foto: Mercedes)

Só que há um preço pela supremacia. E nem todos os desafios são públicos. A busca por melhorar constantemente também tem um lado sombrio. De acordo com o chefe austríaco, que teve o contrato renovado por mais três temporadas, é preciso encontrar um equilíbrio saudável para se manter no topo. “Temos de ver como desenvolver os jovens talentos que estão chegando. Temos de ver como manter os líderes mais experientes. Em geral, temos de pensar em como podemos lidar melhor com as adversidades que enfrentamos neste ano. Estamos trabalhamos 100% neste momento com a equipe de corrida, viajando, e também com a equipe na fábrica”, explicou Toto, para então revelar sua maior preocupação à frente da vencedora equipe.

“Não se sustenta por muito tempo esse nível de desempenho”, admitiu. “Então, tenho de pensar em como acertar essa organização para manter esse padrão de performance, sem causar ‘burnouts’. Talvez esse seja o centro de tudo que tenho em mente neste momento”, reconheceu.

A síndrome de Burnout é desenvolvida em decorrência do estresse excessivo e prolongado de atividades relacionadas ao trabalho.

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