Horner afirma que “Muralha da China” separa Honda e Red Bull após acordo com Ford

Para evitar a transferência de propriedade intelectual do Japão até Milton Keynes, uma verdadeira “Muralha da China” passou a separar Honda e Red Bull. Ao menos, foi o que o chefe taurino Christian Horner garantiu, no evento de lançamento do RB19.

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Isso porque a Ford fechou acordo com a marca dos energéticos e vai fornecer motores à equipe a partir de 2026. A montadora americana financiará parcialmente a unidade de potência, em conjunto com o time taurino — que será feita em Milton Keynes e manterá a nomenclatura ‘Red Bull Powertrains’. O acordo também inclui a AlphaTauri.

Mas, como a parceria só passa a valer daqui três anos, a Red Bull segue ligada à Honda nesse meio-tempo. E para afastar qualquer possibilidade dos dados da montadora japonesa caírem em mãos erradas, medidas foram, pois, implementadas.

“Nós temos um acordo e uma ótima relação com a Honda, até o fim de 2025. Não há transferência de propriedade intelectual: todos os motores da Honda são produzidos no Japão e tudo, pelo lado da Red Bull Powertrains, está focado em 2026”, esclareceu Horner.

“Então há uma verdadeira ‘Muralha da China’ entre as duas atividades. Mas, obviamente, estaremos trabalhando com a Honda pelos próximos anos e esperamos atingir os melhores resultados possíveis. Eles estão completamente comprometidos, então é tudo muito direto. A relação com a Honda se conclui no fim de 2025”, seguiu o chefe taurino. “Temos um motor homologado, então está efetivamente congelado. A Honda vai fornecer esse motor e eles têm a propriedade intelectual, então não vemos os detalhes técnicos da unidade de potência ou coisa assim. Faremos o nosso melhor, com a Honda, para conquistarmos mais vitórias e títulos”, detalhou.

Horner, por fim, revelou vantagem importante — que não recebeu devida atenção — da parceria com a Ford.

“A grande notícia sobre 2026 é ter tudo presencialmente, no mesmo local, sob o mesmo telhado. Teremos os engenheiros de chassi sentando ao lado dos engenheiros de motor — então a integração entre essas partes não deve ser subestimada”, completou o chefe.

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