Horner retruca McLaren e diz que Red Bull “devia ser aplaudida” por ter dois times na F1

Após Zak Brown pedir para FIA intervir na questão, Christian Horner, chefe da Red Bull, destacou o comprometimento do grupo com a Fórmula 1

Christian Horner saiu em defesa da Red Bull e de suas duas equipes na Fórmula 1 após ser alvo de críticas por Zak Brown, CEO da McLaren, antes dos testes de pré-temporada da categoria, no Bahrein. O americano acredita que o fato de uma marca ter duas escuderias causa uma situação desigual no grid e chegou a pedir que a FIA intervenha na questão. Imediatamente, o britânico rebateu e afirmou que a Red Bull não deveria ser criticada, mas “aplaudida pelos esforços e comprometimento”.

Horner relembrou o episódio da compra da Minardi por parte do grupo e que este teria sido um pedido de Bernie Ecclestone e Max Mosley, respectivamente mandatários da Fórmula 1 e da FIA na época. O dirigente também destacou que a RB (Visa Cash App RB) possui sua própria fábrica em Faenza.

“É preciso olhar para história de como isso começou, as razões [de ter duas equipes] e como é agora. Bernie Ecclestone e Max Mosley chegaram ao Dietrich Mateschitz [co-fundador da Red Bull] para que ele comprasse a Minardi, que estava sofrendo e perto da falência. Dietrich foi adiante, adquiriu o time e investiu na estrutura em Faenza”, comentou.

“Diante da crise financeira em 2008, muitas montadoras viram a oportunidade de deixar o esporte. Acho que quatro delas saíram, mas a Red Bull continuou apoiando suas duas equipes nesse período complicado. Os regulamentos mudaram e Faenza precisou ter sua própria fabricante, então, investiram na infraestrutura”, completou.

Brown criticou fato de Red Bull ter duas equipes na F1 (Foto: XPB Images)

Horner também apontou para o comprometimento da Red Bull na categoria, citando o período da pandemia, quando os esforços do grupo foram além de manter duas equipes e se estenderam ao auxílio à Fórmula 1 para construir o calendário em um período difícil com duas corridas — o GP da Áustria e o GP da Estíria, no Red Bull Ring.

“Quando veio a Covid-19, intensificamos as duas equipes. Fomos responsáveis por duas corridas nesse período, então, o comprometimento da Red Bull com a Fórmula 1 deveria ser aplaudido e agradecido ao invés de ridicularizado, como estão tentando fazer”, afirmou Horner.

Christian voltou a ressaltar que as operações dos dois times são completamente separadas. O dirigente britânico apontou para as bases operacionais em países diferentes, inclusive com a RB tendo maior troca de funcionários com a Ferrari do que com a Red Bull.

Horner não deixou barato e respondeu os comentários do CEO da McLaren (Foto: Red Bull Content Pool)

“São duas equipes totalmente diferentes. Uma está na Itália e outra no Reino Unido. A que está na Itália tem uma rotatividade muito maior de funcionários que vão parar em Maranello [sede da Ferrari] do que em Milton Keynes. Elas [Red Bull e RB] têm diferentes personalidades, pessoas e cumprem com as regras”, completou.

“Na verdade, a relação é muito menos estreita do que algumas das equipes que desfrutam de relações com seus fabricantes de motores. Eu acharia um elogio se fosse Laurent [Mekies, novo chefe de equipe da RB], com o problema surgindo agora que mudou a liderança”, prosseguiu.

Horner inclusive disse que espera a RB como adversária ao longo da temporada e que não existe nenhum tipo de acordo atualmente para que o time auxilie a Red Bull no campeonato.

Depois de ser Toro Rosso e AlphaTauri, o time B da Red Bull vem como RB para 2024 (Foto: F1)

“Nós somos competidores, não há nenhuma regra, nenhum acordo entre nós. Você pode ver isso ao longo dos anos, teve até carro da Toro Rosso parando em nossa garagem em corrida decisiva de campeonato. Não entendo o barulho em torno disso, o ruído que foi criado”, afirmou Christian.

“Acho que a Red Bull tem de ser aplaudida pelo apoio, comprometimento e trabalhos criados nos bons e, principalmente, maus momentos. Para isso, isso não é um problema”, finalizou o britânico.

O terceiro dia de testes começa nesta quinta-feira, às 4h (de Brasília). Todas as sessões são transmitidas pela F1 TV e recebem cobertura total do GRANDE PRÊMIOcom a análise do Briefing após cada dia de atividade.

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