Ciente do “desafio”, Sainz se diz motivado e à vontade “para lutar pelo que faz falta à McLaren”

Carlos Sainz vai ter pela frente o grande desafio da sua carreira até agora. Ao aceitar substituir Fernando Alonso e virar titular na McLaren pelos próximos dois anos, o espanhol tem a missão de liderar a tradicional equipe de Woking rumo às posições de ponta na F1 no futuro

Com a aposentadoria de Fernando Alonso, a Espanha passa a ter em Carlos Sainz seu único representante no grid do Mundial de F1 em 2019. O jovem de 24 anos vai assumir o posto de titular da McLaren no ano que vem justamente em substituição ao bicampeão e vai ter uma missão que nem seu ilustre compatriota conseguiu nos últimos anos: liderar a lendária equipe britânica de volta às posições de destaque no grid da F1.
 
Sainz está ciente do desafio que tem pela frente, mas garante estar motivado e, principalmente, à vontade para trabalhar em conjunto com a McLaren para viver grandes dias no esporte. Em 2018, Carlos correu pela Renault e teve uma temporada de pouco destaque na comparação com seu então companheiro de equipe, Nico Hülkenberg. 
 
Enquanto o alemão, ainda que não tivesse ido ao pódio, foi o sétimo colocado e ‘melhor do resto’ no Mundial de Pilotos, com 69 pontos, Sainz foi o décimo e marcou 53, tendo o quinto lugar no GP do Azerbaijão como melhor resultado.
Carlos Sainz Jr. está ansiosopara que chegue logo 2019 (Foto: McLaren)

Para o ano que se avizinha, Sainz deixa claro que vai trabalhar o tempo todo, sem férias, para ajudar a equipe nos trabalhos de desenvolvimento do novo MCL33 visando os testes de pré-temporada, a partir de 18 de fevereiro, em Barcelona.

 
“2019 se apresenta para mim como um desafio que aprecio muito, tanto que, como já disse em alguma oportunidade, acho que as férias não são necessárias, ainda que seja sempre bom descansar um pouco. Estou motivado, a McLaren é um projeto com um médio prazo de dois anos em que se pode evoluir muito, e estou ansioso para que comece logo”, declarou o piloto do carro #55 em entrevista à agência ‘Europa Press’.
 
Questionado se o fator confiabilidade o preocupa a respeito do carro da McLaren, Sainz minimiza e acredita que a perspectiva seja de um ano melhor em 2019.
 
“No fim deste ano, sobretudo, não foi um problema. Dependemos muito também da Renault e das armas que eles nos darão para lutar. É bem verdade que no final do ano ficou mais atrás, mas já pude guiar no teste de Abu Dhabi e pude tirar mais conclusões para dar à equipe um rumo a seguir para 2019”, disse.
 
Entre Toro Rosso e Renault nas quatro temporadas em que esteve na F1 até agora, Sainz foi um habitué do pelotão intermediário, com algumas idas ao Q3 e à zona de pontos aqui e ali. Ainda que não esteja acostumado a figurar em posições de ponta, Carlos acredita que tem as condições certas para levar a McLaren a um crescimento gradual no ano que vem. 
 
“Nesses quatro anos transitei muito por essa zona e estive muitas vezes no Q3 e nos pontos, mas também estive lutando por um 14º ou 15º, de modo que estou perfeitamente à vontade para lutar pelo que falta, ainda que espero que seja pelos dez primeiros”, salientou.
 
Sobre Norris, Carlos entende que o prodígio britânico é “suficientemente preparado para fazer um bom trabalho desde a primeira corrida. Eu, no primeiro ano, não senti essa pressão extra de novato, ao contrário, estava tranquilo porque tinha mais margem para errar do que os demais. Além disso, os estreantes, hoje em dia, chegam muito bem preparados e tem muitas armas no simulador, os testes e os treinos livres, de modo que isso não vai ser um problema para ele”.
 
A respeito do novo chefe, Sainz também foi só elogios. “Admiro muito Zak Brown. Me dou muito bem com ele, o admire porque ele tem uma forma distinta de ver as coisas e as corridas e tem um foco um pouco diferente do resto, e isso me agrada”.
 
Por fim, Sainz Jr. falou a respeito da proximidade do Rali Dakar, que tem no pai, Carlos Sainz, uma das grandes estrelas. O veterano piloto espanhol é o atual campeão do maior rali do mundo e vai lutar pelo tricampeonato a partir de 6 de janeiro no Peru, desta vez estreando com um buggy da Mini X-Raid. 
 
“São dias tensos e de sofrimento seguindo os tempos do meu pai e os dias são muito longos. Tomara que tudo corra bem e que ele não tenha nenhum problema, porque, se não tiver, acho que ele vai voltar a vencer neste ano”, concluiu.
 
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