Com apoio de Putin, Rússia negocia com F1 para trocar Sóchi por São Petersburgo

Segundo o diário britânico ‘Daily Mail’, o GP da Rússia tem muitas chances de ser sediada em outro circuito a partir de 2021. Com o apoio direto do presidente Vladimir Putin, o promotor da corrida negocia com a F1 para levar o Mundial para São Petersburgo, segunda maior cidade do país e importante destino turístico

A permanência do GP da Rússia no balneário de Sóchi pode estar com os dias contados. Segundo reportam o jornal ‘Daily Mail’ e o site britânico ‘Race Fans’, a F1 e o governo chefiado por Vladimir Putin negociam a mudança do local da prova, que tem contrato com o Liberty Media até 2025. O desejo do presidente russo é que a corrida aconteça em São Petersburgo, segunda mais importante cidade da Rússia e relevante destino turístico, a partir de 2021. Putin é nascido em São Petersburgo.
 
Sóchi, que recebe a F1 desde 2014, tem seu circuito cravado em meio ao Parque Olímpico que recebeu boa parte dos Jogos Olímpicos de Inverno. A cidade também foi uma das sedes da Copa do Mundo no ano passado, sendo inclusive a base da Seleção Brasileira. 
 
Segundo o ‘Race Fans’, existem planos para que a área onde está localizado o circuito em Sóchi seja desenvolvida para outras finalidades. O traçado, com exceção da F1, praticamente não é utilizado. As autoridades locais pretendem construir, para 2021, uma sala de concertos, o que mudaria radicalmente as configurações da pista, deixando-a com apenas 2 km de extensão, o que é muito curto para os padrões da F1.
O Parque Olímpico de Sóchi recebe a F1 desde 2014 (Foto: Ferrari)

A Rosgonki, empresa que é responsável pela promoção do GP da Rússia, não se pronunciou sobre uma mudança de local, apenas ratificou que o contrato da F1 com o país vai até 2025.

 
A construção de um circuito no Parque Olímpico de Sóchi foi desejo de Vladimir Putin, que tem uma casa de veraneio no balneário, às margens do Mar Negro. Mas o presidente russo apoia a ideia de construir um novo circuito distante cerca de 25 km de São Petersburgo, informa o ‘Daily Mail’. 
 
São 2.235 km de distância entre Sóchi e São Petersburgo que, caso faça parte do Mundial, seria a cidade mais setentrional (ao norte) do mundo a receber a F1, mais ao norte do que capitais como Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega) e Tallin (Estônia).
 
Não é a primeira vez que São Petersburgo aparece no radar da F1. Levar o Mundial para a segunda mais importante cidade russa era um desejo antigo de Bernie Ecclestone, antigo chefão da categoria e muito próximo a Putin. A proximidade entre os dois ajudou para que o esporte hoje tenha a Rússia como um dos seus palcos.
 
Ter uma cidade tão importante do ponto de vista do turismo é relevante para o Liberty Media, que nunca escondeu o desejo de levar a F1 para grandes centros.
 
As grandes novidades do calendário da F1 para 2020 estão no retorno do GP da Holanda — ainda que esteja ameaçado por questões ambientais — e a entrada do GP do Vietnã. O cronograma vai ser definitivamente oficializado depois de reunião do Conselho Mundial da FIA, marcado para o começo de outubro, na Alemanha.

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