Com contrato misterioso em mãos, Ecclestone negocia retorno de Marrocos à F1 após 56 anos

Imprensa europeia aponta conversa estreita entre chefão da F1 e Mohammed VI, rei do país norte-africano, ao mesmo tempo em que dirigente britânico teria redigido um contrato no valor de US$ 600 milhões para fechar com nova corrida. Agências especulam, também, sobre Estoril e Moscou, cuja nova pista teria sido encomendada a Hermann Tilke

 
Não é só entre equipes e pilotos que a famosa 'silly season' traz capítulos cada vez mais surpreendentes. Fortes rumores indicam que a F1 pode estar cada vez mais perto de retornar à África. O país escolhido, no entanto, não seria a outrora tradicional África do Sul, que recebeu 23 corridas entre 1962 e 1993: há chances de um GP do Marrocos para 2015.
 
A nação norte-africana já recebeu a categoria em uma única oportunidade, em 1958 – o triunfo no circuito de Ain Diab ficou nas mãos de Stirling Moss, da Vanwall. De acordo com o diário alemão 'Bild', no entanto, um retorno pode estar próximo: Bernie Ecclestone foi flagrado durante o GP de Abu Dhabi em íntima conversa com o rei de Marrocos, Mohammed VI. Ainda segundo o jornal, o chefão da F1 concluiu, na última semana, um misterioso novo contrato no valor de US$ 600 milhões –  inacreditáveis R$ 1,4 bilhão –, em Londres, para assinar acordo de longa duração para realizar uma nova prova.
Stirling Moss durante GP do Marrocos de 1958 (Foto: Getty Images)
Christian Sylt, editor da revista 'Autoweek', confirmou a informação: "A possibilidade mais provável parece ser um acordo para um GP em Marrocos", afirmou o jornalista.
 
Outros países, no entanto, surgem com forte possibilidade de ingresso no calendário da F1 nos próximos anos. De acordo com a agência 'France Press', recentemente o autódromo de Estoril, em Portugal, voltou a receber a homologação da FIA para sediar grandes provas internacionais. A última vez que a categoria máxima do automobilismo competiu em solo lusitano foi em 1996, pouco antes de o circuito ser reprovado pela entidade por falhas na segurança. E há, também, o novo e moderno circuito de Portimão, no Algarve.
 
Por outro lado, a agência 'Ria Novosti' reportou que Hermann Tilke foi escolhido como projetista de uma pista de F1 em Moscou, na Rússia – o país do leste europeu estreia na categoria na temporada 2014, mas na nova pista de Sochi, também projetada por Tilke. "Está prevista a abertura de um autódromo que será capaz de sediar competições do mais alto nível, até a F1", afirmou um funcionário da prefeitura da capital russa.
 
Os valores exorbitantes das negociações parecem pouco importar para Ecclestone, que explora novas e cada vez mais inusitadas praças – à exceção de Portugal, Rússia e Marrocos não gozam de nenhuma tradição no automobilismo. Em contrapartida, caso a F1 retorne à África, o único continente sem recebê-la será a Antártida. Por enquanto.

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