Com vaga aberta na Renault, Alonso merece sua ‘Última Dança’ na F1

Fernando Alonso não para de provocar o público, desde que saiu da F1, sobre um possível retorno à categoria da qual é bicampeão. Agora, vaga na Renault existe - logo a equipe pela qual levou os dois títulos. Seria a hora de um retorno derradeiro?

Como o autor deste texto é declaradamente torcedor de Fernando Alonso e o GRANDE PRÊMIO felizmente permite essa postura, que fique claro desde o início que as palavras aqui redigidas têm, sim, relação com o fato de ser fã. E de que é difícil aceitar que a despedida de um bicampeão do mundo da principal categoria do automobilismo tenha sido melancólica em 2018.

Por isso, e no embalo da série documental da ESPN e da Netflix sobre Michael Jordan e o Chicago Bulls (para o qual este repórter também torce, concidentemente), digo que vale o pedido, e que ele faz todo o sentido (ou, ao menos, algum sentido): Fernando Alonso merece uma 'Última Dança' na Renault e na Fórmula 1.

Fernando Alonso (e Michael Schumacher e Kimi Räikkönen) em 2006, ano de seu segundo título (Foto: Forix)

São várias as razões, na verdade. Podemos começar com a situação da equipe francesa: após anos decepcionantes desde o retorno em 2016, sem passar nem perto de brigar pelo título e conseguindo proezas como escalar Jolyon Palmer (e demiti-lo) e tornar Daniel Ricciardo irrelevante por uma temporada, o destino foi a saída anunciada pelo australiano antes mesmo da temporada 2020 começar e, consequentemente, uma vaga aberta para 2021.

Esteban Ocon, caso não se mude para a Mercedes, é um nome de qualidade, mas o espaço a seu lado não pode ser ocupado por um jovem qualquer – não se a Renault espera ser relevante. Como dito por Flavio Gomes e Victor Martins no Paddockast #61, só se enxerga uma opção diga: Fernando Alonso.

Daria espaço para que o espanhol organizasse uma despedida digna, e não com um 11° lugar em 2018, e também tornaria a Renault assunto e alvo de mídia e público, já que seria palco de toda uma 'tour' do adeus de Alonso – já sem pressão de resultados, já que ninguém espera nada mais dos carros comandados por Cyril Abiteboul.

Qual será o futuro da Renault sem Daniel Ricciardo (Foto: Renault)

Para o piloto, é a chance de provar que tem condições de guiar no mais alto nível, tal como de provar que a vaga na F1 sempre foi sua, desde que quisesse lá estar, como vem falando desde antes mesmo da suposta aposentadoria.

E a Renault, é inegável, foi o palco de suas grandes histórias (positivas, já que as negativas estão bem distribuídas), mesmo que já esteja longe de lá há mais de 10 anos. Se dentro de um grid de 20 carros há um espaço para "agradecimento", é Alonso que precisa ocupá-lo no momento.

Ele pode, inclusive, ou ser o grande astro de uma temporada de 'Drive to Survive', caso a série siga sendo produzida, ou armar o seu próprio circo e contar sua história final com as próprias palavras e ações – e se tem algum piloto mais marqueteiro que Alonso, desconhecemos. É ele que sempre diz que 2021 é um bom ano para a F1, graças às mudanças de regulamento.

O flerte já começou: nas redes sociais, Alonso já faz gracejos com os perfis franceses. E a Fórmula 1 precisa, ainda mais se a temporada 2020 for cancelada em razão da pandemia, de uma história que chame a atenção e seja marcante para 2021. Alonso é especialista e produzir tal situação. É hora dele voltar (e sair logo depois, claro).

Paddockast #61
VETTEL: ACERTOS, ERROS E… AZAR NA FERRARI

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