Não era apenas rumor: Max Verstappen de fato seria punido em 5s caso não devolvesse a liderança para Lewis Hamilton nas voltas finais do GP do Bahrein. Quem confirmou isso foi Emanuele Pirro, ex-piloto e comissário de prova, que reafirmou que a ultrapassagem do holandês foi ilegal por acontecer fora do traçado de Sakhir.
Pirro estava em contato permanente com Michael Masi, diretor de provas da F1. Masi avisou a Red Bull que haviam duas opções: devolver posição ou aceitar 5s de punição. A escuderia optou pela primeira alternativa e viu de camarote a vitória de Hamilton no Bahrein.
“Ele sempre seria punido com 5s por fazer aquilo”, disse Pirro, entrevistado pelo jornal italiano Corriere dello Sport. “Não podemos permitir um mal-entendido a respeito disso. O regulamento esportivo é claro e você não pode ultrapassar indo além dos limites de pista. O Verstappen fez isso, mesmo que sem ser de propósito, ele só escapou da pista. O Masi avisou a Red Bull e disse que era possível devolver a posição. Um diretor de provas nunca pode obrigar, mas pode sugerir. O Verstappen devolveu a posição, então não foi necessário fazer nada a respeito desse caso em particular”, seguiu.
A decisão da direção de prova foi controversa, principalmente por vir após Hamilton exceder os limites de pista na mesma curva 4 repetidas vezes. Como o britânico nunca o fez para ganhar posição, uma investigação não foi necessária.
“O Hamilton excedeu os limites de pista um pouco além da conta, conseguindo uma vantagem contínua. É por isso que o Masi, único com autoridade para falar com as equipes, avisou a Mercedes que o Hamilton receberia uma bandeira preta e branca caso seguisse assim. Isso poderia resultar em uma punição”, encerrou Pirro.
Depois de devolver a posição, Verstappen perdeu aderência nos pneus e ficou sem reação. Hamilton venceu, com o holandês se contentando com o segundo lugar. Valtteri Bottas fechou o pódio.
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