Consultor contradiz Horner e admite que Red Bull “teve dificuldades” após saída de Newey

Enquanto Christian Horner, chefe da Red Bull, minimizou a saída de Adrian Newey, Helmut Marko admitiu que a equipe teve problemas para continuar desenvolvendo o carro depois que o projetista decidiu abandonar o projeto em 2024

A briga de poder entre Helmut Marko e Christian Horner talvez não seja mais tão intensa quanto fora há quase um ano, mas as partes continuam divergindo em alguns assuntos relacionados à Red Bull. Ao contrário do que o chefe da equipe disse acreditar, o consultor admitiu que os engenheiros da equipe taurina passaram, sim, a ter mais dificuldades no desenvolvimento do carro depois que Adrian Newey se despediu.

A crise interna que abalou as estruturas da base em Milton Keynes logo nos primeiros meses de 2024 gerou a saída de nomes importantes da família dos energéticos. Além do ‘Mago da Aerodinâmica’, Jonathan Wheatley e Will Courtenay também decidiram respirar novos ares e assinaram com a Sauber e a McLaren, respectivamente. No entanto, há alguns dias, Horner minimizou a debandada de profissionais e assegurou que “o show continua”, deixando claro que a equipe não foi afetada.

Mas parece que nem todos pensam assim. Figura importante dentro do quadro da Red Bull, Marko contradisse o colega de trabalho e assumiu que foi difícil acertar no desenvolvimento do RB20 depois que Newey deixou o projeto. De qualquer forma, o austríaco de 81 anos mostrou otimismo de que tudo voltou aos trilhos e que, por isso, a escuderia pode olhar para o futuro de maneira positiva novamente.

“Tínhamos começado bem, dominando, mas desde que Newey foi embora, de fato, nossos técnicos tiveram um pouco de dificuldade para extrair o máximo do carro”, disse em entrevista ao semanário italiano Autosprint. “Embora, no final da temporada, as coisas tenham melhorado progressivamente e possamos dizer que estamos muito otimistas para o futuro”, continuou.

Helmut Marko admitiu que a Red Bull sofreu após a saída de Adrian Newey (Foto: MAGO / NurPhoto)

“A verdade é que, a partir de Miami, os times que competem para vencer se tornaram quatro, porque, aos poucos, juntaram-se McLaren, Ferrari e Mercedes“, acrescentou o consultor, apontando para o crescimento das rivais no decorrer da temporada 2024.

E falando das adversárias, Jos Verstappen, pai de Max, já mostrou certo ceticismo quanto à capacidade da equipe de conseguir dar a volta por cima e construir um carro melhor do que os da concorrência em 2025. O neerlandês acredita que o campeonato que está prestes a começar vai ser complicado, e que o título do Mundial acaba sendo uma “pedida alta” para os taurinos. Mas Marko minimizou as preocupações do ex-piloto.

“Acho que, neste ano, veremos à frente a equipe que conseguir colocar o carro da melhor maneira possível na janela ideal de desempenho. Nós precisamos produzir um carro válido, mas, acima de tudo, sincero e administrável. Não precisamos de um carro necessariamente muito mais rápido do que os outros”, explicou.

“Nós, realisticamente, estamos em uma posição privilegiada, ou seja, temos na equipe o número um absoluto entre os pilotos, que é Max Verstappen. Basta darmos a ele um carro competitivo e, no geral, ok… O resto, vocês vão ver, ele se encarrega”, concluiu o consultor da Red Bull.

Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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