Consultor da Red Bull acusa Renault de usar motores novos em teste com carro de 2018

A guerra verbal de Helmut Marko contra a Renault segue a pleno vapor. Depois de criticar a administradora do Red Bull Ring por ter aberto o circuito austríaco para a marca francesa promover um teste na semana passada, o dirigente austríaco voltou à carga com a acusação contra a equipe de Enstone

Helmut Marko protagonizou outro episódio da guerra verbal contra a Renault. O consultor da Red Bull, que reclamou publicamente da administradora do Red Bull Ring por ter cedido o autódromo austríaco, palco da prova que vai abrir a temporada 2020 da Fórmula 1 em 5 de julho, para o time de Enstone. Entre terça e quarta-feira da semana passada, Daniel Ricciardo e Esteban Ocon percorreram 1.114 km (sendo 500 km com o australiano e 614 com o francês) com o R.S.18, carro utilizado pela equipe na temporada 2018. Nesses moldes, a sessão é absolutamente legal. Entretanto, Marko acusou a Renault de ter aproveitado a ocasião para testar o novo motor que vai ser usado na temporada 2020, o que é vetado pelo regulamento.

Em entrevista ao site da emissora austríaca ORF, Marko, além de acusar a Renault, voltou a criticar a empresa Projekt Spielberg. Ainda que o autódromo pertença à marca das bebidas energéticas, é a companhia independente quem gerencia o circuito.

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“A Renault teve de testar com um chassi de dois anos, mas com novos motores. E fiquei impressionado com a durabilidade. Só me pergunto se é inteligente alugar o Red Bull Ring para a Renault”, criticou o ex-piloto e dirigente.

Helmut Marko acusou a Renault de usar novos motores com o carro de 2018 na semana passada no Red Bull Ring (Foto: Renault/Reprodução)

Semana passada, ao ser questionado pela revista Speedweek sobre a cessão do Red Bull Ring para a Renault, Marko ironizou. “É um ótimo resultado por parte do Projekt Spielberg eles terem entregue a pista para um concorrente. Vamos dizer somente que foi um gesto muito generoso”.

Entre muitas conquistas, como os oito títulos mundiais de Fórmula 1 — sendo quatro do Mundial de Pilotos, com Sebastian Vettel, e quatro do Mundial de Construtores — no começo da década de 2010, Red Bull e Renault tiveram uma relação conflituosa e que foi agravada com a falta de performance e confiabilidade dos motores construídos pela fábrica francesa a partir do início da era híbrida, em 2014.

A relação se desgastou de tal forma que a ruptura foi inevitável. A separação aconteceu em 2018, com direito a uma discussão que quase virou agressão entre Marko e Cyril Abiteboul, diretor da Renault. Desde o ano passado, a equipe taurina tem a Honda como fornecedora de motores na Fórmula 1.

Questionado sobre os planos de seguir outras equipes e colocar o carro novo para teste, Marko disse que a ideia da Red Bull é promover um dia de filmagem, mas somente no mês que vem. “Podemos testar o novo Red Bull no dia 25 de julho em Silverstone por um máximo de 100 km”.

Marko também foi indagado sobre os críticos que duvidaram da realização do GP da Áustria. Dessa vez sem ironias, o consultor taurino se mostrou feliz pela chance de ver o país sediar a abertura da temporada, algo impensável tempos atrás.

“Você precisa ser persistente o suficiente e sempre testar o que é possível. Você tem de ousar alguma coisa, e o governo federal nos ajudou muito. Estamos muito orgulhosos por sermos a primeira corrida. Com o que descobrirmos, as outras corridas podem seguir o exemplo”, concluiu.

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