Ricciardo nega alvo e diz que sigla de ‘fodam-se todos’ no capacete é “só para motivar”

Bastante contestado na temporada 2022 da Fórmula 1, principalmente pela diferença de desempenho quando comparado ao companheiro de equipe Lando Norris, Daniel Ricciardo usou em Mônaco um capacete com uma mensagem um tanto inusitada: a sigla FEA, que no inglês é um acrônimo usado para a expressão Fuck ‘Em All (Fodam-se todos, em tradução livre). Porém, o australiano garantiu que não se tratava de nenhuma indireta ou recado específico para alguém.

Ricciardo explicou que não é a primeira vez que usa a sigla em seu capacete, dizendo que é algo que, para ele, funciona como uma forma de motivação. “Coloquei no meu capacete em 2018 também”, contou o dono do carro #3, quando na ocasião ainda defendia a Red Bull.

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“Eu gosto de usar siglas para me motivar. Sinceramente, não é direcionada a ninguém, eu falo isso há alguns anos, e isso meio que me deixa feliz”, continuou o piloto de 32 anos, que acredita que o ato de colocar o capacete é bastante significativo por “acionar o botão”.

“É uma das últimas coisas que vejo quando coloco o capacete”, continuou sobre a mensagem gravada na parte de trás do casco. “Isso me diz que é hora de me concentrar e entrar em campo”, ressaltou.

Em Mônaco, o resultado final não foi muito diferente do que tem sido visto ao longo das etapas disputadas até aqui. Ricciardo bateu nos treinos livres, alinhou apenas em 14º e terminou uma posição à frente da original do grid.

“Foi um fim de semana difícil, e, infelizmente, já sou experiente nisso — tive alguns assim nos últimos 12 meses, então sinto que posso lidar melhor com eles”, admitiu Ricciardo. “Vou continuar sorrindo, ao menos tentar, mas no fundo estou decepcionado”, completou.

“Mas ainda assim, não sou só eu, a equipe também quer me ver com resultados melhores. Não quero estar em 14º, e a equipe também não quer me ver lá. Não acho que as coisas vão mudar da noite para o dia, mas tenho de continuar, e com certeza podemos melhorar juntos”, finalizou o australiano.

Logo após o GP da Espanha, o CEO da McLaren, Zak Brown, fez duras críticas a Ricciardo, afirmando que ele não estava se sentindo confortável com o carro. A resposta do piloto foi lembrar que tinha contrato até o final de 2023, porém Brown, que havia dito que o australiano não estava correspondendo às expectativas do time de Woking, deixou claro que o contrato de Ricciardo possui mecanismos que permitiram uma rescisão.

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