Kvyat lembra demissão na Red Bull em 2016: “Marko já queria trocar os pilotos”

Para Daniil Kvyat, a Red Bull já tinha planos contar com Max Verstappen e estava esperando uma oportunidade para promover o neerlandês para a equipe principal

Quase oito anos depois de perder a vaga na Red Bull para Max Verstappen, Daniil Kvyat voltou a falar sobre um dos momentos mais difíceis de sua carreira. Na opinião do russo, uma troca entre os pilotos já era algo planejado pelo consultor Helmut Marko, que só estava esperando uma oportunidade para fazer a substituição.

Kvyat foi promovido da Toro Rosso para a Red Bull em 2015 e superou Daniel Ricciardo em seu primeiro ano trabalhando com os austríacos. Ao mesmo tempo, no entanto, Verstappen estava guiava pela equipe B e chamou a atenção de Christian Horner, chefe dos energéticos, e de Helmut Marko. 

Daniil teve um começo de temporada difícil em 2016, mas pensou ter tornado a situação menos complicada com o pódio no GP da China. Porém, tudo ruiu logo na prova seguinte, quando se envolveu em um acidente com Sebastian Vettel na largada do GP da Rússia.

Pelo fato de a Red Bull ter tomado a decisão logo após a quarta corrida do ano, Kvyat acredita que os chefes da equipe já planejavam uma troca com Verstappen antes mesmo do início da campanha.

Daniil Kvyat seguiu trabalhando com a Red Bull até o fim de 2020, quando defendia a AlphaTauri (Foto: Red Bull Content Pool)

“Tinha algo acontecendo. Marko já queria mudar os pilotos. Ele disse que eu precisava vencer Ricciardo em praticamente todas as corridas. Eu disse ‘tudo bem, Daniel não é um idiota, mas vou fazer o meu melhor’. As primeiras corridas de 2016 foram difíceis, mas tivemos uma clara evolução. O GP da China foi uma prova clara disso. Mas então, veio a corrida na Rússia, e aquilo era exatamente o que eles precisavam”, contou Kvyat.

Para Daniil, o rebaixamento foi crucial para encurtar sua carreira na Fórmula 1, uma vez que ficou desmotivado na Toro Rosso por causa do conceito do carro completamente diferente do que estava acostumado.

“Foram dias difíceis, porque minha motivação estava baixa quando voltei para a Toro Rosso. O carro era completamente diferente. Carlos Sainz estava com muita vontade e se sentia bem no carro, e você não pode fazer nada contra ele quando ele está focado assim”, seguiu o russo.

“Fiz algumas corridas decentes, mas não foi a melhor temporada. Em 2017 as coisas correram um pouco melhor, mas ainda não foi do meu agrado. Acho que a Red Bull e eu nos distanciamos, então ficou claro que precisávamos de uma pausa. Em 2018 chegou a hora e me tornei piloto reserva e piloto de testes da Ferrari. Foi aí que me senti bem”, finalizou.

Fórmula 1 volta às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada, no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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