De “coração partido”, Pérez faz pedido judicial para “salvar as 400 pessoas que trabalham” na Force India

Sergio Pérez falou sobre os problemas da Force India e explicou a razão pela qual se envolveu no caso, pedindo, por meio de sua empresa, para comandar a equipe: salvar o emprego das 400 pessoas que trabalham no time indiano

Um dos principais personagens de todo o imbróglio envolvendo a situação da Force India na F1, Sergio Pérez explicou a razão pela qual pediu para assumir o comando da equipe. A esquadra indiana mergulhou em uma grave crise financeira e está oficialmente em administração judicial. A decisão pelo decreto de falência foi tomada pela Suprema Corte da Inglaterra, em Londres, na sexta-feira (27). Porém, a companhia Brockstone, ligada a Pérez e a seu empresário Julian Jakobi, solicitou aos administradores judiciais para que seja ela a chefiar os rumos do time daqui por diante, por conta de uma dívida que a equipe tem com o grupo. A Brockstone é uma companhia com sede na Ilha de Guernsey, localizada no meio do Canal da Mancha.
 
Em Hungaroring, logo após se classificar apenas em 19º, o mexicano foi questionado pela ação e revelou que somente se envolveu no caso para proteger os funcionários que trabalham no time que tem sede próxima à pista de Silverstone. “O último mês foi extremamente difícil para mim com a situação que estávamos vivendo na equipe e, no fim das contas, acabei no meio disso. Nós chegamos ao ponto em que uma ação era necessária para proteger as 400 pessoas que trabalham lá. Realmente, não gostaria de me envolver nisso porque, em última análise, eu sou apenas um piloto e estou aqui para guiar o carro. Mas o que aconteceu foi demais”, afirmou Sergio em entrevista coletiva acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.
Sergio Pérez diz que entrou na Justiça para salvar os empregos na Force India (Foto: Force India)

“Alguns membros da equipe me pediram para seguir em frente com isso, para salvar a equipe e proteger os 400 funcionários que estão lá. Para mim, foi algo extremamente difícil, emocionalmente e mentalmente. Foi realmente complicado. Havia 400 pessoas com os empregos em risco, pessoas que têm famílias. Vocês não conseguem imaginar”, completou.

 
“Mas o cenário é muito melhor do que parece no momento”, garantiu.
 
Pérez entende que todos na Force India entenderam o que ele quis fazer. "Tenho certezade que todos compreenderam o que eu fiz e se não entendem agora é porque algumas pessoas da equipe não sabem do verdadeiro cenário. Mas acho que todos vão aceitar isso na próxima semana. A principal razão foi para salvar a equipe, e é isso", afirmou.
 
Desde 2014 na equipe indiana e um dos responsáveis por fazer a esquadra alçar ao posto de quarta força do Mundial nos dois últimos anos, o mexicano ainda disse que se sente com o coração partido pelo que aconteceu. "Eu amo Vijay (Mallya), o meu coração está partido porque essa não é a melhor situação para eles. Mas o cenário é bem diferente. E, para mim, foi uma coisa extremamente difícil de fazer”, emendou.
 
A equipe legal da Brockstone foi à Corte na última quarta-feira e afirmou ser "improvável" que a equipe pague as dívidas em questão e que seus donos "não devem ajudar financeiramente", de acordo com o site. O montante que a Force India deve à companhia chega a US$ 4 milhões – cerca de R$ 14,8 milhões.
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