Depois de acusações e ‘chororô’, Rosberg admite que precisa “tirar um pouco mais de si” para brigar por título com Hamilton

Nico Rosberg reconheceu que está devendo. Depois de protagonizar um ‘chororô’ ao acusar seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, de deliberadamente retardar seu ritmo e prejudica-lo no GP da China, disputado no último domingo (12), o alemão da Mercedes sabe que precisa reagir rápido caso queira de fato ser postulante ao título mundial. O piloto fez uma autocrítica a respeito do seu desempenho na temporada 2015 da F1 e, embora considere que tenha totais condições de voltar a vencer, até mesmo por contar com o dominante W06 Hybrid, sabe que “precisa tirar um pouco mais de si” para regressar ao topo.

“O fim de semana na China foi frustrante para mim, e estou contente por termos outra corrida na sequência para voltar aos trabalhos. A equipe fez um grande início de temporada e, com este carro incrível que eles construíram, sei que só preciso tirar um pouco mais de mim mesmo para voltar ao topo”, declarou Nico, superado por um Hamilton em estado de graça em Xangai. O britânico liderou todos os treinos livres, fez a pole-position, marcou a volta mais rápida e venceu a corrida ao liderar quase todas as voltas da prova.

Nico Rosberg admite que está devendo: "Preciso tirar um pouco mais de mim" (Foto: AP)

Otimista com o que pode apresentar neste fim de semana, no GP do Bahrein, Rosberg também falou sobre seu retrospecto em Sakhir. “Jamais venci no Bahrein, mas conquistei as duas últimas poles daqui e também fiz a volta mais rápida da pista na minha estreia pela F1, então sei que tenho ritmo", disse.

O piloto também recordou o espetacular duelo travado com Hamilton na prova do ano passado, eleita pelos leitores do GRANDE PRÊMIO como a melhor do ano na F1. Para Rosberg, seria incrível se a dupla da Mercedes pudesse reeditar a batalha no próximo domingo (19), desde que o vencedor fosse diferente. "Claro que todo mundo lembra da corrida do ano passado, e seria maravilhoso para os fãs que nós pudéssemos proporcionar outro grande espetáculo para eles desta vez. Se pudermos fazer isso, mas com as duas posições em ordem inversa, seria fantástico”, disse Rosberg, que, embora não tenha citado a Ferrari, fez menção às rivais que estão cada vez mais se aproximando.

“Não vai ser tão fácil vencer com a concorrência fungando no nosso cangote. Mas isso torna cada corrida ainda mais empolgante, então estou ansioso para uma grande batalha e estou determinado a sair por cima”, concluiu. Em três corridas disputadas, Rosberg ocupa a terceira colocação do Mundial de Pilotos e soma 51 pontos, contra 55 de Sebastian Vettel, o vice-líder da temporada, e 68 de Hamilton.

GP RECOMENDA

A corrida fantástica de 2014, o clima da Mercedes em polvorosa entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton, a tentativa da Williams em alcançar a Ferrari, quem encerra o G4 da F1 e o que a McLaren é capaz de fazer no calor. O GRANDE PRÊMIO traz e explica os cinco principais motivos para que o fã não perca o GP do Bahrein, quarta etapa do campeonato, que acontece no próximo fim de semana no circuito desértico de Sakhir.

A MONARQUIA DA F1

A aproximação da corrida barenita e a figura absolutista de Bernie Ecclestone levantam os olhos para os demais países que compõem o calendário da F1. E justamente com a saída da Alemanha, ainda que momentaneamente, observa-se que a maioria das 19 nações que sediam as corridas tem um rei ou uma rainha como governante. Nada menos do que dez países do atual calendário são governados por monarquias.

CACHIMBO DA PAZ

A Red Bull e a Renault selaram a paz depois de trocarem farpas publicamente mesmo depois de uma corrida em que Daniil Kvyat viu uma explosão de motor à moda antiga e um desempenho muito aquém de Daniel Ricciardo na China. A decisão de lavarem a roupa suja em casa também se deve aos resultados em si. O início de ano da equipe é o pior desde 2007, quando, segundo o sistema de distribuição de pontos atual, marcou um miserável ponto.