Deputada do Partido Trabalhista Europeu avisa que UE só pode investigar F1 se equipes fizerem denúncia

Preocupada com as "centenas de empregos" que correm perigo com a crise que a F1 enfrenta, a deputada Anneliese Dodds avisou que a União Europeia só vai entrar na jogada se for chamada pelas equipes por meio de uma denúncia formal

Se as equipes médias e pequenas da F1 quiserem contar com a colaboração do Parlamento Europeu para resolver a crise que a categoria enfrenta, precisarão protocolar uma denúncia formal à União Europeia. O recado foi dado por Anneliese Dodds, deputada inglesa eleita pelo Partido Trabalista Europeu.

A política, em visita à Force India nesta sexta-feira, disse que se preocupa com a questão pelos muitos empregos que são gerados pelas equipes da F1, citando os problemas enfrentados por Marussia e Caterham no fim de 2014. Esta última fechou as portas. Ela chegou a escrever sobre o assunto para Margrethe Vestager, chefe da comissão de competição da UE, mas ações só poderão ser tomada se as equipes fizerem uma reclamação.

Em maio, diga-se, o jornal 'Financial Times' publicou que as escuderias menores estavam preparando tal reclamação.

Equipes da F1 tem reclamado do modo como os negócios são geridos na categoria (Foto:AP)

"Desde o colapso da Marussia e da Caterham no ano passado, eu venho tendo preocupações reais sobre o modo como as coisas andam na F1. Não significa apenas que duas equipes fecharam as portas, significa que centenas de trabalhadores altamente qualificados da minha circunscrição estão perdendo seus empregos. Foi por isso que levantei o assunto algumas vezes em Bruxelas, para ver se há um caso referente à competição aqui. A comissária deixou claro que não pode fazer nada até que os times submitam uma reclamação formal", afirmou. "Se é isso que as equipes sentem que é o certo a se fazer, é o que elas deveriam fazer", recomendou.

 

Com dificuldades financeiras, os times menores reclamam não só da divisão do dinheiro entre as participantes da F1, como também do Grupo de Estratégia criado para definir as regras, que as exclui. Apenas a Force India tem espaço na comissão, formada também por Ferrari, Red Bull, Mercedes, Williams, McLaren, Bernie Ecclestone e a FIA.

"Hoje, vi na Force India como a F1 é ótima na geração de postos de trabalho altamente qualificados na ciência e na engenharia, o que queremos ter cada vez mais como país. Simplesmente não podemos correr o risco de perder este tipo de empregos", completou.

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