Direção da McLaren se reúne na próxima quinta-feira para definir companheiro de Alonso na temporada 2015

Jenson Button ou Kevin Magnussen: quem vai alinhar ao lado de Fernando Alonso no ano que vem? É uma briga daquelas que começa a ser definida na quinta-feira na reunião especialmente convocada para o assunto. Ron Dennis e Mansour Ojjeh, acionistas da equipe, se opõem na disputa

A próxima quinta-feira (4) tende a ser decisiva para a McLaren definir sua vida para 2015. É a data em que está marcada uma reunião de sua cúpula para deliberar quem vai ser o companheiro de Fernando Alonso — de quem não há dúvida alguma sobre o futuro na F1.

À mesa, vão estar dois homens, dentre outros, para resolver uma briga de foice: Ron Dennis, que nos últimos anos voltou com força e ambição ao comando da McLaren, mas ainda é acionista minotário; e Mansour Ojjeh, detentor de 40% dos papéis da equipe.

Éric Boullier, chefe de equipe, é coisa pouca na briga de gigantes. Limitou-se a dizer que o desempenho de 2014 não é parâmetro para a escolha. OK.

Dois também são o número de pilotos — apesar de ventilarem timidamente que há uma terceira via — e que formaram a dupla deste ano. Kevin Magnussen tem total e irrestrito apoio de Dennis; Jenson Button tem Ojjeh como cabo eleitoral. Neste cenário, sabe-se que Button e Dennis não se bicam mais e a terceira opção seria o piloto de testes Stoffel Vandoorne, vice-campeão da GP2.

Jenson Button pode fazer a última corrida na F1 em Abu Dhabi (Foto: Getty Images)

No último dia 18, a McLaren já havia esclarecido via Twitter que um anúncio só aconteceria a partir de dezembro. De lá para cá, houve a corrida final em Abu Dhabi, na qual Button mais uma vez se saiu melhor do que Magnussen. O inglês terminou em quinto enquanto Magnussen mal pontuou — foi 11º. No Mundial de Pilotos, a superioridade Button foi evidente: 126 a 55 pontos.

Magnussen está no páreo porque é cria da equipe e, portanto, aposta para o futuro e, sobretudo, porque é bem mais barato que Button. E a McLaren já vai, embora ajudada pela Honda, a gastar os tubos para ter um astro do calibre de Alonso. A preocupação financeira é tamanha que Dennis foi a Copenhague na semana passada para conversar com investidores e empresas dinamarquesas, também numa atitude clara de apoio a seu candidato.

A Dinamarca se empolgou de tal forma com a F1, aliás, que vai se reunir com Bernie Ecclestone em janeiro para apresentar um projeto em que se prontifica a organizar um GP a partir de 2018.

Kevin Magnussen é a aposta de Mansour Ojjeh e da economia da McLaren (Foto: Getty Images)

Button está ali no canto dele, quietinho e apenas torcendo. Em Abu Dhabi, ficou sem saber se aquela era sua última prova ou não; a dubiedade em sua cabeça o remeteu ao pai, morto no começo do ano. "Ele estaria furioso se soubesse as circunstâncias de agora", declarou. E no fundo também expressa sua opinião. 

Jenson chegou à McLaren em 2010 na condição de campeão e para medir forças com a fera Lewis Hamilton. Nenhum dos dois conseguiu ser campeão enquanto estiveram juntos durante três temporadas, apesar de a equipe ter apresentado em vários momentos o melhor carro do grid — acabou sucumbindo em todos os anos à Red Bull e Sebastian Vettel. Hamilton foi caçar seu rumo na Mercedes, enquanto Button viu Sergio Pérez passar de passagem pelo time em 2013. Para o jornalista Américo Teixeira Jr., do Diário Motorsport e parceiro do GRANDE PRÊMIO, Button deixa a McLaren.

E quem pode dar o voto de minerva neste caso? Alonso. É inimaginável pensar que o espanhol não seja ouvido. Se quer voltar a ser campeão nesta fase final da carreira, Alonso só tem olhos para Button, que conhece muito melhor a casa e sabe desenvolver um carro; Magnussen só seria um fedelho a lhe enchouriçar vez ou outra.

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QUEM MERECE

Embora o assunto do dia tenha sido a espiã da Ferrari nos testes de Abu Dhabi, o jornalista Flavio Gomes preferiu falar da McLaren. Ou melhor, da possível dupla da equipe inglesa para 2015. Para Gomes, o time chefiado por Ron Dennis deveria manter Jenson Button como um dos titulares. Na opinião do jornalista, o inglês possui grande experiência na F1 e é, além de tudo, “um cara muito amistoso e que não vai dar problema para ninguém”.

GENUINAMENTE FELIZ

Rubens Barrichello Quando foi obrigado a deixar a F1 no fim da temporada 2011, o veterano simplesmente se recusou a parar de correr. Uma aposentadoria forçada estava totalmente fora de cogitação. Ainda tinha energia e paixão genuína pelas corridas, por isso, nunca desistiu de voltar ao campeonato em que esteve durante 19 anos, mas o danado destino o levou para outros caminhos.

Mais de uma vez, Rubens disse que a Stock está lhe dando a chance de as pessoas o conhecê-lo. Mas talvez esteja lhe dando a oportunidade de também se conhecer melhor. E tirar um proveito ainda maior da experiência de 19 anos na F1.

Leia o OPINIÃO GP no GRANDE PRÊMIO.

CARRO VELHO

A Caterham, sob administração legal desde outubro, recebeu permissão especial da FIA para utilizar em 2015 o mesmo carro usado em 2014, o CT05. Dessa forma, a firma Smith & Williams, que está comandando o ex-time de Tony Fernandes, espera uma contrapartida mais interessante para atrair um comprador.

De acordo com o administrador legal Finbar O'Connell, um dos responsáveis pela Caterham, a permissão significa um atrativo aos possíveis novos donos.

Leia a reportagem completa no GRANDE PRÊMIO.

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