‘Dobos Torta’: Novo revés coloca Hamilton em missão quase impossível para minimizar vantagem de Rosberg

Se tudo permanecer dentro da normalidade, a tendência é que o GP da Hungria seja dividido em três grandes partes: a primeira será a prova solitária que Nico Rosberg lá na frente; a segunda será a disputa do pelotão imediatamente atrás, formado por Red Bull, Williams e Ferrari; a terceira será acompanhar a recuperação de Lewis Hamilton

NÃO É SÓ FELIPE MASSA que atravessa um período de infortúnios inacreditáveis. Lewis Hamilton pode dar as mãos ao brasileiro nesse quesito sem o menor receio. De novo, e pela quarta vez em 2014, o vice-líder do Mundial se viu fora da disputa por conta de uma falha técnica da Mercedes. O contratempo desta vez foi um vazamento de combustível, ainda nos primeiros minutos do Q1 do treino classificatório deste sábado (26), na Hungria. 

O abandono tirou qualquer chance do inglês de brigar por uma pole quase certa, dado o desempenho avassalador que demonstrou liderando todos os treinos livres no fim de semana. Dos boxes, teve de acompanhar Nico Rosberg obter a sexta posição de honra do ano, sem suar muito.

A cena do carro prateado em chamas e o andar lento e resignado de Hamilton na volta aos boxes revelou muito do que o britânico tem vivido nos últimos tempos. Lewis sequer permaneceu na pista depois para as entrevistas do fim da tarde. A equipe alemã mandou Hamilton de volta para o hotel, para esfriar a cabeça e pensar no que fazer amanhã à tarde.

O campeão de 2008 saiu de Hungaroring irritado, achando que o máximo que pode conseguir neste domingo será um top-10. Nada de pódio ou briga por vitória. E cobrou a Mercedes publicamente. Uma vez mais, o britânico terá de mostrar paciência e cabeça para superar as adversidades, que serão ainda maiores em uma pista de extrema dificuldade de ultrapassagem. E, de novo, será colocado à prova.

Lewis Hamilton caminha pelo pit da Hungria depois do que seu carro apresentou problemas durante a primeira fase da classificação deste sábado (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

Feliz com a pole e um tantinho também com o contratempo do rival, Rosberg foi comedido na comemoração, mas sabe que tem a faca, o queijão e goiabada na mão para sair de férias com uma bela vantagem para a segunda fase da temporada. Se Hamilton já começa a vislumbrar a possibilidade de usar a pontuação dobrada no fim do ano também como elemento para virar o jogo, Nico sabe que o mesmo recurso pode também muito bem lhe servir, dada sua grande consistência e aparente isenção aos azares neste ano.

A corrida se desenha interessante novamente, motivada, claro, pelo poder de reação de Hamilton. Com a chance de chuva que se fala, a coisa pode pender um pouco mais para o lado de Lewis.

O mundo normal

Deixando o universo paralelo em que a  Mercedes habita de lado, a Red Bull hoje confirmou a expectativa de que seria a equipe mais próxima da esquadra prateada, usando bem a caraterística única de Hungaroring.

A sintonia fina que a escuderia dos enérgicos promoveu de sexta para sábado deu resultado, e Sebastian Vettel chegou a ensaiar uma disputa com Rosberg pela pole. Ficou a 0s4. Não era o que o time esperava, admitiu o tetracampeão depois da classificação, mas é um desempenho que a coloca à frente da Williams, o time que mais cresceu nessa parte final da primeira metade da temporada. Seb entende, de fato, que a luta será mesmo contra a Williams e a Ferrari.

A equipe inglesa, aliás, mostrou a razão de ocupar o posto de segunda força do Mundial. Trouxe atualizações para a Hungria que funcionaram bem e foram mantidas no FW36. Valtteri Bottas, que vem voando, aproveitou tudo isso e se colocou lá em um importante terceiro lugar do grid. Felipe Massa, mesmo sem atualizações e o assoalho novo, ainda foi capaz de garantir a sexta posição.

O brasileiro se queixou do balanço do carro. “Ainda não está como eu quero. Eu não tenho o carro que gostaria de ter aqui”, disse aos jornalistas. Porém, apesar de a Williams não ter o carro ideal na Hungria, segundo Felipe, será capaz de fazer frente ao time austríaco.

Portanto, é possível dizer que esse GP da Hungria, se tudo ocorrer dentro da normalidade, será dividindo em três grandes partes. A primeira será a prova solitária de Nico Rosberg lá na frente. A segunda será a disputa acirrada entre o pelotão ineditamente atrás e a terceira ficará por conta de Lewis Hamilton e sua missão de recuperar terreno.

O GP da Hungria tem largada marcada para as 9h (de Brasília) deste domingo e acompanhamento AO VIVO e em TEMPO REAL do GRANDE PRÊMIO.

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o GP da Hungria, 11ª etapa do Mundial de F1, com a repórter Evelyn Guimarães. Para acompanhar todo o noticiário, clique aqui.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.