Ecclestone defende ditaduras, aplaude Rússia e diz que levaria tiro por Putin

Afastado da Fórmula 1, Bernie Ecclestone segue com declarações tão controversas quanto de costume. O britânico declarou confiança total em Vladimir Putin, apontado como pessoa certa para comandar a Europa no futuro

Grande Prêmio
Redação GP 08/07/2019 | 11:20
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Bernie Ecclestone está afastado do jogo de poder da Fórmula 1, mas segue tão polêmico quanto de costume. O ex-chefão da categoria, agora apenas com cargo simbólico na gestão do Liberty Media, voltou a falar sobre política para defender a gestão de Vladimir Putin na Rússia. O presidente, agraciado com um GP de Fórmula 1 em Sóchi desde 2014, foi apontado pelo britânico como nome perfeito para comandar a Europa no futuro.
 
Isso porque, aos olhos de Ecclestone, Putin faz um grande trabalho na Rússia. A confiança do britânico no russo chega ao ponto de colocar a vida em jogo.
 
“Se alguém estivesse com uma metralhadora e estivesse pronto para atirar no Putin, eu me jogaria na frente dele”, disse Ecclestone, entrevistado pelo jornal britânico ‘The Times’. “Ele é um cara do bem, nunca fez algo que não fosse bom para as pessoas”, seguiu.
Bernie Ecclestone (Foto: Reprodução)

“Eu gostaria que ele [Putin] comandasse a Europa. Nós não temos ninguém hoje, então não tem como ficar pior. Ele faz o que diz que vai fazer. Não apoio a democracia, você precisa de um ditador. Como um ditador, você diz ‘é isso aqui que eu vou fazer’. Em uma democracia, isso é algo que se dilui”, apontou.

 
Não por acaso, a gestão de Ecclestone na Fórmula 1 não foi particularmente democrática. O britânico se manteve poderoso desde o fim dos anos 1970 até 2017. Apesar da postura polêmica e de declarações controversas, Bernie foi peça importante para a consolidação da F1 como um fenômeno global.
 
Putin, por sua vez, é o protagonista da Rússia pós-União Soviética. Vladimir ocupou o posto de presidente entre 2000 e 2008, depois retornando de 2012 até o presente. O GP da Rússia frequentemente tem visita do líder local, que antigamente dividia espaço no camarote justamente com Ecclestone.

 

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