Ecclestone vê fundamento em ameaça da Ferrari de abandonar F1 e avisa: “Eles não querem teto orçamentário”

Ex-chefão da F1, Bernie Ecclestone avaliou que a Ferrari não faz ameaças vazias quando diz que vai abandonar a F1. Escuderia de Maranello ficou insatisfeita com o regulamento de motores elaborado para a partir de 2021

Redação GP 06/11/2017    06:23    2min    Fórmula 1

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Bernie Ecclestone acredita que o Liberty Media deveria levar a sério a ameaça da Ferrari de abandonar a F1. A escuderia de Maranello não ficou satisfeita com o regulamento de motores apresentado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para 2021.

 

Na semana passada, a entidade máxima do esporte apresentou as mudanças que pretende realizar para reduzir custos, nivelar o pelotão e também aumentar o ronco das unidades de potência.

Bernie Ecclestone avaliou que a Ferrari fala sério quando ameaça deixar F1 (Foto: AFP)

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A proposta recebeu criticas de Renault e Mercedes, mas a Ferrari foi além e resolver ameaçar deixar a F1. Presidente da marca, Sergio Marchionne avaliou que o Liberty Media tem “boas intenções”, mas destacou que não concorda integralmente com a proposta.

 

"Reduzir os gastos das equipes é um ótimo objetivo”, começou Marchionne. “Mas há alguns pontos com que não concordamos. Como, por exemplo, perder independência na montagem do motor. Não quero continuar se assim for", anunciou.

 

Falando ao jornal inglês ‘The Independent’, Ecclestone avaliou que a Ferrari não faz uma ameaça vazia. Ex-chefão da F1, o inglês enfrentou outros ultimatos vindos de Maranello ao longo de sua gestão. 

 

“Se eles não puderem vencer, vão apresentar novos regulamentos”, disse Ecclestone. “Se os regulamentos seguirem uma direção em que a Ferrari ache que vai ter dificuldades e não podem justificar o investimento, eles vão sair”, seguiu.

 

Além disso, Ecclestone espera que a Ferrari rejeite a proposta de teto orçamentário do Liberty Media.

 

“Eles não querem teto orçamentário”, afirmou. “Eles querem gastar o que puderem, e eu sempre disse a mesma coisa. Se as pessoas não podem gastar, devem sair”, defendeu.

 

“Se tivessem só três ou quatro times, algo deveria ser feito, mas até que isso realmente aconteça, ninguém vai fazer nada”, ponderou. “Todos os times que dizem que não podem pagar, não deveriam se inscrever”, concluiu.

 

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