Em documentário, diretor da McLaren revela que temeu pela saída de Alonso no auge da crise com Honda em 2017

A série-documentário ‘Grand Prix Driver’, narrada por Michael Douglas e exibida pela Amazon no sistema on-demand, revelou os bastidores da McLaren ao longo da temporada 2017 e transpareceu a crise interna em razão da falta de performance do motor Honda desde o início da pré-temporada. Éric Boullier revelou que temeu pela saída de Fernando Alonso, que no fim das contas acabou ficando após a equipe de Woking fechar acordo com a Renault

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A temporada 2017 foi de muita tensão e até crise nos bastidores da McLaren. A lendária equipe britânica, dona de 20 títulos do Mundial de F1 — entre Mundial de Pilotos e Construtores —, se viu sem alternativas diante da falta de performance e confiabilidade dos motores entregues pela parceira Honda. Longe de conseguir o objetivo de voltar a lutar por pódios e vitórias, a equipe dirigida na pista por Éric Boullier temeu perder seu principal piloto: Fernando Alonso.

 
A série-documentário ‘Grand Prix Driver’, exibida pela Amazon no sistema on-demand e narrada pelo ator Michael Douglas, revela os bastidores da equipe britânica desde os testes da pré-temporada, em Barcelona, onde a McLaren teve os primeiros sinais de que viveria outro ano complicado, o que acabou se confirmando.
 
Em uma das cenas exibidas pela série-documentário, Boullier estava em conversa com Jonathan Neale, diretor de operações da McLaren, durante um jantar após os testes de inverno. E a preocupação sobre Alonso era nítida entre os dois.
A frustração de Alonso fez Boullier acreditar que seu piloto deixaria a McLaren em 2017 (Foto: McLaren)
“Ele vai dizer: ‘Quer saber, caras? Ciao, bello’. Ele não vai ficar. Tenho 100% de certeza que ele não vai ficar”, afirmou Boullier, diretor de corridas da McLaren. Em outra cena, o engenheiro francês reiterou a frustração de Alonso depois da pré-temporada.
 
“Depois desse teste, Fernando está muito chateado. Ele está claramente dizendo ‘eu posso considerar minha posição de correr porque não vou sobreviver a outro ano como esse’. Minha principal preocupação neste momento é não ter a equipe em colapso. São necessários anos para construir uma equipe de F1, mas você pode matar isso em seis meses”, explicou.
 
Neale, por sua vez, também narrou sua frustração com a Honda e disse, ainda no começo do ano passado, que a McLaren tinha de buscar outra alternativa. “Nós precisamos encontrar um novo caminho, precisamos buscar um novo plano. A McLaren não vai ter uma jornada animadora durante o curso desta temporada”.
 
Ao longo do documentário, são exibidos vários trechos de conversa via rádio, trechos que não foram exibidos na transmissão oficial da F1. 
 

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E em alguns deles, Alonso expressou toda a sua frustração: “É muito perigoso correr assim”, chegou a dizer o bicampeão. “Equilíbrio horrível com a traseira porque a dirigibilidade era muito ruim. Então não podemos testar assim”, bradou Fernando contra o que descreveu ser “uma porra de motor, uma unidade de potência de merda”.

 
De fato, 2017 foi frustrante para a McLaren, que teve como melhor resultado o sexto lugar de Alonso no GP da Hungria, muito pouco para uma história de tantas conquistas. A equipe se mostrou cansada dos dissabores com o motor Honda e, em setembro, anunciou o divórcio com a marca japonesa para estabelecer um novo vínculo com a Renault — com a qual Alonso foi bicampeão da F1, em 2005 e 2016 — como nova fornecedora da F1 pelos próximos três anos.
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