Engenheiro pessoal em 2008 diz que Massa tem “direito de buscar o que acha justo”
Rob Smedley, engenheiro de corridas de Felipe Massa em 2008 e amigo pessoal do piloto, ficou um tanto em cima do muro, mas disse que Felipe tem direito de buscar o que entende por justiça. Ainda contou que os círculos da Fórmula 1 sabiam, só de ver as imagens, quea batida de Nelsinho Piquet em Singapura não fora normal
O caso de Felipe Massa em busca do título mundial da temporada 2008 da Fórmula 1 continua rolando. Enquanto isso, quem se manifestou pela primeira vez foi Rob Smedley, que é amigo de Massa e era o engenheiro de corridas do piloto brasileiro nos anos de Ferrari. Embora Smedley tenha evitado a dar uma opinião contundente sobre o caso, afirmou que entende que Massa esteja dentro dos direitos como cidadão que se sentiu lesado.
A ligação entre Smedley e Massa é bem conhecida. O inglês foi engenheiro de corridas do piloto a partir do meio da temporada 2006 em diante. Quando Massa deixou a Ferrari rumo à Williams, Smedley também foi contratado, então como diretor de operações de pista, e ficou até 2018, quando saiu da F1 como um todo.
Embora Smedley não quis dar uma opinião sobre o que acredita que deva ser o resultado do caso, defendeu o direito de Massa buscar justiça e afirmou que, caso o brasileiro prospere, trata-se de um precedente capaz de abalar estruturas no esporte.
“O que vou dizer é que isso é algo que Felipe sente fortemente. Não é segredo que Felipe é muito meu amigo, é como um irmão mais novo. Se isso é algo sobre o qual ele tenha um sentimento forte e, quando fala do assunto, é muito persuasivo e convincente no fato de que está fazendo pelo que sente ser justiça”, continuou.
“Todo mundo deve ter o direito pessoal de ir atrás, dentro dos limites da legalidade, daquilo que acha justo. E é esse o caso com Felipe”, apontou.
“São muitos lados envolvidos. Estamos começando a olhar de volta ao passo. Onde vai terminar, não tenho ideia. Mantenho observação no caso, e é tudo que eu posso e quero fazer”, garantiu.
“Existe o interesse, porque, no cenário do resultado realmente mudar, o que isso abre? Em termos de decisões esportivas, não apenas na F1, mas no passado [de maneira geral]”, indagou.
“Não é dizer que está certo ou errado, nem ir para um dos lados do muro, mas é de fato um elemento interessante em tudo isso. Se houver uma decisão que favoreça aquilo que Felipe procura, será muito interessante saber como o esporte em geral lidará com decisões injustas do passado, digamos”, avaliou.
Smedley afirma que sabia de imediato de acidente arquitetado: “Simples de concluir”
De acordo com Smedley, o fato do acidente ter sido arquitetado pela Renault não foi grande mistério. Era possível notar na época da batida de Nelsinho Piquet em Singapura.
“Como você bate lá, não tenho ideia. Eu não teria batido, e não ando a mais de 50 km/h. Não tenho ideia de como jovem Nelson bateu lá. Bem, temos uma ideia de como ele bateu. Assisti ao vivo e fiquei pensando que era estranho. Aí, você assiste os replays e, lá para o terceiro, você pensa ‘ok, entendo o que aconteceu agora’. É simples de concluir. Foi óbvio logo após o que aconteceu”, apontou.
“Depois disso, as ramificações e repercussões e como se ganha justiça. Não acho que ninguém tinha qualquer dúvida, especialmente dentro do meu círculo próximo, na Ferrari e com o pessoal que falávamos no paddock. Olhamos para aquilo e achamos que tinha sido bastante claro o que aconteceu”, finalizou.
A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.
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