Equipes cobram FIA e alertam para testes privados “usados para desenvolvimento” na F1

Algumas equipes da F1 estão com medo do que pode se tornar o uso dos testes com modelos que exploram o efeito-solo, a partir de 2025. No ano que vem, as escuderias terão maior liberdade para fazerem sessões privadas com os carros de 2022 e, de acordo com uma publicação da AutoSport, existe o temor de que alguns times se valham disso para ajudar no desenvolvimento dos bólidos do regulamento vigente.

Com o grid se tornando cada vez mais compacto e com diferentes pilotos mostrando que podem brigar por vitórias em 2024, as configurações mecânicas se mostraram um tanto importantes para o bom desempenho ao longo de um fim de semana. Assim, os times perceberam que, quanto mais utilizar os carros que exploram o efeito-solo, melhor pode ser o entendimento sobre seu equipamento.

O regulamento da F1 diz que as equipes podem testar “por um número ilimitado de dias” com carros de “anos anteriores”. Esses modelos são classificados como os de “regulamentos técnicos de qualquer um dos três anos civis imediatamente anteriores ao ano civil que antecede o ano do campeonato”.

Em 2024, as equipes da F1 já podem utilizar os modelos de 2022 em testes, ainda que por tempo limitado. Esses testes, geralmente, são utilizados para dar quilometragem e experiência para pilotos jovens — como foi o caso da Mercedes com Andrea Kimi Antonelli à bordo do W13. A Red Bull, no entanto, fez um teste em Ímola com Max Verstappen guiando o RB18 alguns dias antes do GP da Espanha para entender um pouco melhor os problemas que o time austríaco vem enfrentando com ondulações, principalmente quando se utiliza a zebra.

As duas oportunidades, no entanto, foram vistas pelas rivais como “potenciais oportunidades de desenvolvimento”. Por isso, durante uma reunião da Comissão de F1, que aconteceu antes das férias de verão, foi alertado que algumas equipes estavam considerando expandir seus testes com carros anteriores, pensando em desenvolvimentos para 2025.

As conversas estão em andamento entre as equipes e a FIA no nível do Comitê Consultivo Esportivo, sendo provável que vários elementos importantes sejam adicionados aos regulamentos do ano que vem. Por isso, está sendo debatido a proibição de qualquer atividade em pistas que estejam no calendário por 60 dias antes de sua realização, uma restrição a apenas quatro dias de testes (ou um total de 1000 km) para pilotos titulares, com um possível limite de 20 dias no total permitidos para atividades com carros anteriores ao longo de uma temporada.

Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, foi um dos dirigentes que já se pronunciaram sobre o caso e alertou sobre o perigo do excesso de treinos privados.

“Você pode diferenciar os TPCs (Testes de Carros Anteriores) que você faz com seus pilotos de corrida porque isso, para mim, é mais desenvolvimento do que qualquer outra coisa. Não estou reclamando deles [Red Bull]. É pelo regulamento, e está completamente ok, mas isso também é desenvolvimento”, destacou o chefe da Ferrari na F1.

“Se tivermos de policiar isso, teremos de dividir os dois aspectos: os dias que estamos fazendo com nossos pilotos titulares e os dias que estamos fazendo com nossos pilotos que não estão no carro de forma recorrente”, finalizou Vasseur.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP dos Países Baixos de F1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, naGPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. Na sexta-feira (23), segundo treino livre está marcado para 11h (de Brasília, GMT-3). No sábado (24), o TL3 abre o dia às 6h30, ao passo que a classificação será às 10h. Por fim, no domingo (25), os pilotos disputam a corrida em Zandvoort a partir das 10h.

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