Ocon conta que viveu “pior momento da carreira” na Austrália: “Chorei no meu carro”

Esteban Ocon recordou o momento em que abriu a temporada 2019 da Fórmula 1 fora do grid, então como piloto reserva. Momento foi de tristeza

Esteban Ocon inicia, em 2024, a quinta temporada seguida como piloto da Alpine [antes Renault]. Mas houve um momento em que, de surpresa, ficou fora do grid da Fórmula 1. Foi ao surpreendentemente perder a vaga na Force India e ter de se contentar com a vaga de reserva na Mercedes para 2019. Ao chegar na primeira corrida da temporada, na Austrália, sentiu o peso do que acontecera.

De acordo com Ocon, foi em Melbourne [que então sediava a abertura do campeonato] que a tristeza pegou de jeito.

“Ao chegar à primeira corrida e conversar com a Mercedes sobre quando eu testaria o carro, disseram que ainda ia demorar três ou quatro meses. Então, lembro voltei para meu carro e chorei no estacionamento. Por sorte, encontramos uma solução de voltar [ao grid]”, recordou em entrevista ao podcast High Performance.

“Acho que foi o pior momento. Austrália, 2019. Estava muito feliz pela equipe pelo sucesso deles, porque eu também era parte daquilo, estava contribuindo com o trabalho do simulador e todo desenvolvimento, mas pensava ‘e se eu estivesse guiando esses carros nas corridas também?’. Era dominante, muito rápido. Não estar na pista era bem duro”, admitiu.

Esteban Ocon ficou fora do grid em 2019 (Foto: AFP)

A situação para 2019 foi inesperada de maneira geral na F1: com a compra da Force India por parte do consórcio de Lawrence Stroll, Ocon foi sacado para que Lance Stroll pudesse chegar [Sergio Pérez era o outro piloto e, além de contrato, tinha feito parte do processo de venda do time]. Agora, passados cinco anos, recordou como a situação caminhou. “Tínhamos dois contratos [na mão] com as equipes. Um estava assinado, eu correria pela equipe em 2019, mas decidimos ir na direção do outro e, no fim das contas, não funcionou. Foi um desentendimento entre as partes em coisas que não estava sob meu controle”, afirmou.

“Não foi justo, porque nada tinha a ver com desempenho ou mérito. Se eu tivesse vivido uma temporada ruim, entenderia ter ficado do lado de fora. Mas acabei não perdendo um ano, porque aprendi muito na Mercedes como reserva. Eles dominavam, e vi muita coisa que ainda uso hoje em dia e me tornou um piloto mais completo quando voltei em 2020”, garantiu.

“Sentia tanta falta de guiar que isso me deu ainda mais amor pelo esporte, porque percebi o quanto tinha sorte de correr aqui. Quando você está concentrado no desempenho o tempo inteiro e acertar tudo, acaba esquecendo o quão sortudo é por guiar esses carros. Quando voltei, em 2020, resolvi que não pararia de correr ao guiar um carro da F1. Então é isso, estou sempre feliz”, finalizou.

Fórmula 1 volta entre os dias 22 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.

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