Sétimo colocado ao fim do GP do Catar, disputado neste domingo (8) pela Fórmula 1, Esteban Ocon conseguiu um resultado que talvez não traduza as dificuldades que sofreu ao longo das 57 voltas em Lusail. O piloto da Alpine, bastante afetado pelo calor do circuito catari, admitiu que vomitou algumas vezes dentro do carro, o que dificultou ainda mais a missão de somar pontos.
“Eu estava vomitando nas voltas 15, 16. [Vomitei] por duas voltas, acho”, admitiu Ocon. “Estava fazendo isso e pensando: ‘merda, vai ser uma longa corrida’. Tentei me controlar mentalmente e apenas focar no que precisava fazer”, disse.
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Segundo Ocon, foi a primeira vez que uma corrida o levou a um nível tão extremo de cansaço. As altas temperaturas de Lusail, mesmo à noite, e o calor emanado pela unidade de potência deixaram a situação do piloto bastante desconfortável no cockpit.
“Nunca tive isso no passado”, ressaltou. “Sempre consegui fazer a distância de duas corridas no carro, é para isso que sempre treinei. Mas, hoje, foi sobre o ar quente e o calor do motor na parte traseira do carro”, frisou.
“Acho que não vedamos o cockpit o suficiente, devia estar uns 80ºC dentro do carro”, reclamou. “Ainda bem que, no ano que vem, viremos em dezembro”, finalizou.
O GP do Catar cobrou um preço alto para a maioria dos pilotos, que sofreram com a exigência física da prova. Lando Norris disse que as estratégias de três paradas dificultaram ainda mais a situação, enquanto Logan Sargeant precisou abandonar após passar mal dentro do cockpit. Após a disputa, o americano foi encaminhado ao centro médio por desidratação.
Com o sétimo lugar no Catar, Ocon chegou a 44 pontos no campeonato e encostou no companheiro Pierre Gasly, que segue com 46. Max Verstappen, já campeão mundial, lidera de forma soberana com 433.
A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, entre os dias 20 e 22 de outubro, em Austin, com o GP dos Estados Unidos, o primeiro da última perna tripla da temporada. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.
