Ex-chefe admite “impaciência” de dono da Aston Martin, mas assegura: “Ajuda e apoia”
Agora ex-chefe da Aston Martin, Mike Krack refletiu sobre a "ambição" do magnata Lawrence Stroll, mas afirmou também que ele compreende que tem nas mãos um "projeto difícil"
Ex-chefe de equipe e agora diretor de pista da Aston Martin, Mike Krack garantiu que o proprietário da escuderia, Lawrence Stroll, continua prestando todo o apoio necessário ao programa na Fórmula 1, ainda que seja muitas vezes “impaciente”. No entanto, contou que o magnata canadense também reconhece que tem nas mãos “o projeto mais difícil que já teve”.
A Aston Martin promoveu remanejamento de funções e trouxe Andy Cowell, então diretor-executivo, para a vaga de chefe. Krack, por sua vez, assume os trabalhos como diretor de pista a partir da temporada 2025, ano em que a esquadra de Silverstone terá Adrian Newey, considerado por muitos o ‘Mago da Aerodinâmica’.
A contratação de Newey, aliás, é um perfeito exemplo de como Lawrence Stroll ambiciona chegar ao topo da F1, ainda que o caminho seja mais complexo que o esperado. “Ele continuou apoiando, especialmente se olharmos para o recrutamento que fez desde então”, observou Krack em entrevista ao site da revista inglesa Autosport.
“Portanto, realmente parece que ele está dizendo que precisam de mais ajuda, precisam de mais conhecimento, e ele vai e faz. Acho que é isso que o caracteriza. Dá para ver que ele quer se sair bem, quer apoiar, quer ajudar”, continuou.

“Ele também é impaciente, o que é compreensível, mas essa combinação de apoio, impaciência, mas também de entender como isso é difícil fez com que ele… Não estou dizendo para dar tempo, mas para compreender que, às vezes, não é só ‘dê partida’. Tem de coloca tudo no lugar e tem de funcionar”, completou Krack, lembrando-se em seguida do dia em que o dono da Aston Martin refletiu sobre o desafio que tinha nas mãos.
“Acho que ele disse recentemente que este era o projeto mais complicado que já teve ou que era o mais difícil que já teve até agora, o que mostra que ele também quer apertar os botões certos e que há muitos seres humanos envolvidos. É uma grande tarefa”, salientou.
“Não vamos nos esquecer de que a concorrência é extremamente alta, a concorrência é dura. Não há uma equipe ruim no grid, e vamos ver em 2026, quando tivermos uma nova. Quero ver como isso vai acontecer porque o nível é incrivelmente alto e também queremos os holofotes o tempo todo”, seguiu Krack.
Depois de um 2023 em que surgiu como segunda força na primeira metade do campeonato, a Aston Martin não conseguiu acompanhar o desenvolvimento das rivais e viu várias atualizações não darem certo no ano passado. “Você se expõe, não funciona e tem de explicar a razão.”
“Portanto, estamos nessa situação agora e temos de fazer o melhor possível. Lawrence nos dá apoio, mas também é ambicioso e tem tudo o que isso implica”, enfatizou.
“O nível das equipes, quando vemos a distribuição dos tempos de volta na corrida ou na classificação, principalmente, todos estão divididos 0s8, 0s9, e isso se resume ao nível de operação das equipes ou às nuances de ‘será que os pneus estavam na janela certa?’, esse tipo de coisa”, explicou.
“O nível das operações, o nível de tudo. A confiabilidade é extremamente alta e passa muito despercebida. Uma grande parte dessas equipes enormes é responsável por isso. O nível é simplesmente muito alto e são as distinções que fazem a diferença entre o primeiro e o segundo ou o quinto e o sexto”, encerrou.
A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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