Ex-chefe de equipe na F1 critica e vê demissão de Sainz como “suicídio” da Ferrari
Eddie Jordan revelou que chegou a questionar John Elkann, presidente do grupo proprietário da Ferrari e que negociou pessoalmente chegada de Lewis Hamilton
Eddie Jordan, antigo dono da equipe que levava seu sobrenome na Fórmula 1, criticou a Ferrari pela demissão de Carlos Sainz. O espanhol sabia desde o início do ano que deixaria o time de Maranello após Lewis Hamilton ser anunciado em seu lugar. O ex-dirigente vê a mudança como “suicídio” da parte da escuderia.
Durante episódio do podcast que apresenta ao lado de David Coulthard, Formula For Success, Jordan destacou que a demissão de Sainz e contratação de Hamilton foi o momento “pelo amor de Deus” do ano. O irlandês não questionou a qualidade de heptacampeão mundial, mas indicou que a mudança na estrutura da Ferrari pode causar algum tipo de ruído.
Vale lembrar que Jordan foi uma voz que falou que Hamilton considerar a aposentadoria. A declaração veio logo após o futuro piloto da Ferrari ter dito que estava “lento” durante o final de semana do GP do Catar, quando andou bem atrás de George Russell, seu companheiro na Mercedes. Na ocasião, o ex-dirigente indicou que o heptacampeão mundial deveria cogitar deixar a F1, caso realmente não encontrar mais velocidade.
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Jordan revelou que questionou John Elkann, presidente da Stellantis, grupo proprietário da Ferrari, e apontado como um dos idealizadores pela transferência de Hamilton, sobre a contratação — mas não indicou qual foi a resposta do dirigente.
Na visão do irlandês, a Ferrari tinha uma estrutura que dava certo, com Sainz e Charles Leclerc trabalhando bem em conjunto e com a equipe.
“Perguntei a John Elkann sobre o que eles estavam fazendo ao mandar embora Sainz, tendo uma equipe tão bem estruturada. Eles trabalharam bem juntos e os pilotos se deram bem”, disse Jordan.
“Hamilton é um cara legal, talvez um dos mais legais do grid, mas foi um verdadeiro suicídio da parte de Elkann demitir Sainz”, encerrou.

Com o ano encerrado, a Fórmula 1 retorna apenas para os testes de pré-temporada, agendados para acontecer no Bahrein entre os dias 26 e 28 de fevereiro. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

