Ex-chefe da Haas diz que Stroll “não quer ser piloto” e questiona permanência na F1
De acordo com Guenther Steiner, Lance Stroll "nunca parece estar feliz", independentemente do que aconteça. Por isso, admitiu que possui dúvidas quanto ao interesse do canadense em permanecer na Fórmula 1
Ex-chefe da Haas na Fórmula 1, Guenther Steiner admitiu que possui sérias dúvidas quanto ao real interesse de Lance Stroll em continuar competindo na categoria. De acordo com o italiano, o piloto da Aston Martin “nunca parece estar feliz”, independentemente da situação, e, por isso, tende a acreditar que o companheiro de Fernando Alonso não gosta de marcar presença no esporte.
A última onda de duras críticas direcionadas ao canadense de 26 anos veio no GP de São Paulo, realizado há quase dez dias (3). Ainda durante a volta de apresentação no autódromo de Interlagos, Stroll acabou perdendo o controle do AMR24 no fim da reta oposta, rodou sozinho e bateu o ‘nariz’ do carro no muro. Como se não bastasse, ao tentar retornar à pista, o dono do #18 decidiu passar pela caixa de brita e acabou ficando preso, tendo de abandonar a 21ª etapa da temporada 2024.
“Ele sabia que tinha feito algo estúpido na volta de apresentação e simplesmente não assumiu mais o controle do que estava fazendo. Acho que entrou em pânico”, começou Steiner durante uma participação no podcast Red Flag. “Em situações em que todos estão te olhando e você é sempre criticado, acaba fazendo algo estúpido na volta de apresentação. O que fazer depois? Algo mais estúpido”, continuou, referindo-se à tentativa falha de colocar o carro esmeraldino de volta no asfalto.
Algo que sempre chama a atenção dos entusiastas da F1 nos momentos das entrevistas coletivas é o semblante desanimado de Lance, que parece nunca estar interessado no que realmente está acontecendo ao redor. Tal expressão também não passou despercebida por Guenther, que abordou o assunto durante a entrevista.
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“Ele nunca parece estar feliz, aconteça o que acontecer. No entanto, ele seria campeão mundial se estivesse feliz? Não dá para saber. Algumas pessoas podem ser boas até quando estão infelizes”, comentou, embora tenha tentado olhar a situação por um outro lado. “Achamos que ele está infeliz, mas, talvez, seja apenas sua expressão”, observou.
Ao contrário do que muitos pensam, que Stroll se tornou piloto e chegou à classe rainha simplesmente por causa do apoio do pai, o ex-dirigente pensa de maneira diferente: para ele, talvez o próprio Lawrence Stroll, dono da Aston Martin, foi quem obrigou Lance a seguir por um caminho que poderia não ser o desejado pelo filho.
“Acho que muitas pessoas o criticam, dizendo que é um péssimo piloto ou que está lá porque o pai é dono do time. Mas vamos colocar desta forma: se o pai não tivesse uma equipe, não acho que Lance seria um piloto de Fórmula 1, porque ele não quer ser um”, afirmou Steiner.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.
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