F1 aprova novo formato para sprint e já realiza GP do Azerbaijão com 2 classificações

A mudança proposta pela F1 saiu do papel e foi aprovada: no GP do Azerbaijão, primeiro com corrida sprint em 2023, serão duas classificações, com basicamente dois eventos acontecendo de forma separada numa mesma etapa

Depois de muita especulação, a F1 finalmente confirmou, nesta terça-feira (25), o novo formato dos finais de semanas com corrida sprint: uma classificação exclusiva para a prova curta, tornando o evento independente da etapa principal, que vai ter uma definição de grid no formato tradicional. Isso vale já para o GP do Azerbaijão, que começa a ser realizado dentro de três dias.

Assim, a sexta-feira será composta por um único treino livre e mais a definição do grid da corrida principal, a de domingo. O sábado, portanto, é quase um dia separado do restante do evento, com classificação e corrida sprint realizados.

nova iniciativa pretende fazer com que a corrida sprint se torne um evento independente do GP de domingo. Assim, a F1 terá em Baku uma classificação somente para a prova curta do sábado, enquanto a definição do grid propriamente dita será realizada na sexta-feira e seu resultado servirá para ordenar as colocações de largada da corrida principal, no domingo. Na prática, um evento independente acontece em um dia que separa os dois do evento principal.

Enquanto a mudança era conhecida, embora a confirmação tenha chegado somente a poucos dias do fim de semana, a grande novidade está no formato da classificação sprint. Na prática, o que antes era o segundo treino livre em dias de sprint se torna a classificação em formato ‘pocket’, com 30 minutos de duração e desenho semelhante ao da definição de grid oficial.

O perigoso e desafiador circuito urbano de Baku será palco do experimento da nova sprint (Foto: McLaren)

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O Q1 terá 12 minutos e elimina cinco pilotos, seguido por um Q2 de dez minutos e que elimina outros cinco. O Q3 define os dez primeiros colocados e o pole da sprint em somente oito minutos. É obrigatório utilizar pneus médios para Q1 e Q2, enquanto os macios são necessários para o Q3.

Esse formato foi acordado entre as equipes durante algumas reuniões que aconteceram nas últimas semanas, mas só foi oficializado hoje. Baku será a primeira de seis etapas com sprint em 2023.

Quando as corridas sprints foram implementadas na Fórmula 1, em 2021, a ideia era tornar a disputa imprevisível e embaralhar a hierarquia de forças do grid. Só que o plano não funcionou de maneira plena. A baixa pontuação e o temor de um acidente, além das pistas escolhidas, deixaram as provas enfadonhas – com exceção de Interlagos, que sempre entregou um grande espetáculo. No ano passado, optou-se por aumentar o número de pontos, mas, ainda assim, o formato não engrenou – de novo, somente a sprint paulistana deu totalmente certo.

Uma grande parte dos pilotos gostou desse novo sistema aprovado, porque atendeu a um pedido da GPDA (Associação dos Pilotos de Grande Prêmio). Os competidores têm pressionado para que a F1 promova uma separação entre sprint e GP, na tentativa de proporcionar provas mais agitadas. “É a direção que pedimos à F1 e à FIA se quiserem um melhor espetáculo. Eles nos perguntaram e nós dissemos que precisamos que o resultado da sprint não seja considerado para a corrida do domingo”, revelou Carlos Sainz em declaração ao site da revista Autosport.

“Então, estou feliz que eles aceitaram o nosso pedido. É a direção certa”, completou o piloto da Ferrari, que teve o apoio do colega de equipe, Charles Leclerc. “Podemos arriscar um pouco mais em uma classificação para a sprint sem desperdiçar todo o fim de semana, então é algo bom.”

Valtteri Bottas entende que o formato é mais justo. “Certamente, precisamos encontrar um sistema menos injusto, mas que ainda provoque uma mudança na ordem de forças. Definitivamente, dá para arriscar mais na sprint. É um bom ponto”, falou.

Essa é também a mesma visão de Nyck de Vries e Nico Hülkenberg. “É bom separar o resultado da sprint da corrida principal, porque, na verdade, quem está na frente não quer correr riscos, mas o público busca um espetáculo, então acho que é uma decisão inteligente”, disse o holandês da AlphaTauri.

“Não é uma má ideia”, afirmou Hülkenberg. “A recompensa pelo risco está sempre presente. Você nunca quer danificar o carro, mas há pontos na sprint”, acrescentou o alemão da Haas.

Mas há quem critique a existência das corridas sprints na F1. Bicampeão, Max Verstappen vê a prova curta como uma maneira artificial de aumentar emoção em um fim de semana e acredita que a categoria poderia seguir outro caminho para tornar o evento mais interessante para o público.

GP de Azerbaijão de Fórmula 1, nas ruas de Baku, acontece no fim de semana, entre os dias 28 e 30 de abril. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e TEMPO REAL.

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