F1 chega ao ‘dia D’ e mira 2020 como “simulação” para teto orçamentário

O teto orçamentário está entre os pontos mais polêmicos do regulamento que a F1 pretende adotar para 2021. Mas antes, a ideia do dirigente norte-americano é que a proposta comece a valer a partir do ano que vem como uma espécie de “simulação”, em que a categoria e as equipes vão poder determinar formas de colocar o projeto em prática, fiscalizar e, em caso de infração, impor punições

Muito além da decisão do título que se avizinha neste fim de semana em Austin, a F1 se aproxima de outro processo igualmente decisivo nos próximos dias. Na manhã desta quinta-feira (31), a categoria vai se reunir no Circuito das Américas para colocar em votação os rumos do esporte para a temporada 2021, ano em que é esperada uma espécie de revolução na categoria. Um dos pontos mais polêmicos de toda a reformulação desejada pelo Liberty Media, empresa dona da F1, é o teto orçamentário. A limitação dos custos é vista como crucial para que haja mais igualdade entre as equipes e, consequentemente, o esporte seja mais equilibrado e atraente.

 
A proposta a ser votada para 2021 é impor a cada equipe do grid uma limitação de custos de US$ 175 milhões (cerca de R$ 696 milhões) por ano, valendo a partir de 2021. Chase Carey, chefão da F1, tem em mente que a próxima temporada vai servir como uma espécie de transição, simulando os desafios já esperados para implementar a regra do teto orçamentário para o ano seguinte.
 
“Há muito barulho em torno disso, mas, de forma realistas, essas equipes estão reconstruindo o carro a cada ano, não importa o que aconteça. Essa é uma transição, e sentimos que é importante avançar com a transição”, disse o executivo em entrevista veiculada pelo site norte-americano ‘Motorsport.com’.
A cúpula da F1 vai determinar os rumos do esporte nesta quinta-feira (Foto: AFP)
“Alguns dos argumentos que nós colocamos foram para tentar adiantar a implementação, em oposição às questões sobre as consequências da transição. O que estamos fazendo é a transição para uma estrutura de longo prazo mais saudável para os negócios, saudável para o esporte na pista, saudável para as equipes dentro disso”, explicou Carey, sinalizando que esse rito de passagem não deve afetar a normalidade das equipes.
 
“Na transição para o ano que vem, eles vão fazendo o que eles fazem todos os anos quando chegam e reconstroem o carro”, disse.
 
Carey explicou também que F1 e FIA “passaram por um processo muito intenso para tentar estabelecer os princípios para determinar os custos, o que entra, o que é coberto. Vamos ter partes independentes, então é preciso ser verificado de forma independente”.
 
“O que vamos fazer é usar 2020 como uma espécie de simulação para, com sorte, eliminar quaisquer que sejam os problemas, então as equipes vão poder entender como as coisas vão ser contabilizadas. Vamos colocar as regras em prática, vai ser executada de forma independente, vai haver procedimentos para apelações”, complementou.
 
Ciente das dificuldades que vai ter para implementar de vez o teto orçamentário, caso este seja aprovado nesta quinta-feira. E deixou claro que, como qualquer regra no esporte, as equipes que não cumprirem com a nova regra vão sofrer punições, que ainda não estão totalmente definidas. “Claramente, para torná-lo mais eficaz, isso precisa ter consequências e punições. Essas punições não estão pré-definidas, mas elas vão ser significativas”, avisou o norte-americano.

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