F1 considera adiar novo regulamento de motores para facilitar entrada de novas montadoras

Ross Brawn, diretor-esportivo da F1, já assume que a categoria pode adiar o lançamento do novo regulamento de motores, previsto para 2021. O problema é a falta de interesse de novas montadoras dentro das regras propostas

No mesmo dia em que afirmou que o Liberty Media pode antecipar, como 'ensaio', o teto orçamentário na F1, Ross Brawn revelou que a categoria considera adiar outro plano: a mudança no regulamento de motores.

Planejado para 2021, o novo regulamento não é unânime entre as montadoras que militam na F1 atualmente – e não tem atraído novas, o que faz parte dos planos do Liberty Media.

Diretor-esportivo da F1, Brawn afirmou que o plano, agora, é testar outros pontos, para que eles atraiam enfim novas montadoras interessadas em entrar na categoria.

"Além disso, temos que consolidar as montadoras que já estão conosco. Acho que precisamos repensar o tempo para isso, se 2021 é a hora certa, ou se é melhor adiar até termos certeza que uma nova regulamentação irá injetar sangue fresco no esporte", opinou.

"Eu sinto que há muito ainda o que fazer, como número de atualizaçõs durante uma temporada, consistência das especificações para todas as equipes de fábrica, etc. Sobre o motor, precisamos decidir se é hora de termos uma revolução ou uma evolução", seguiu.

Ross Brawn (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

A ideia inicial era modificar o conjunto utilizado desde 2014, com novidades que incluíam o fim do MGU-H – gerador de energia híbrida do motor -, que seria eliminado para tornar a categoria mais acessível.

O problema, na visão de Brawn, é como agradar os dois lados da história. "Temos quatro grandes montadoras na F1 e não queremos perdê-las. Ao mesmo tempo, não queremos uma situação em que é tão desafiador criar um motor para a F1 que você só consegue competir se já estiver fazer isso há sete anos."

"O novo regulamento permite uma oportunidade para quem é novo começar, ao menos, numa boa posição, e não tentar competir com quem já está aqui há muito tempo. E não queremos que o motor seja o grande diferencial. Este deve ser o piloto, em segundo o carro e só em terceiro o motor", finalizou o dirigente.

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