Alonso se diz atrapalhado pela McLaren em Abu Dhabi e critica Michael Masi: “Muito mole”

Fernando Alonso entende que foi atrapalhado pela McLaren ao ser bloqueado por Daniel Ricciardo no fim do Q2. O espanhol também esbravejou contra a direção de prova

BRIEFING | TUDO SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DO GP DE ABU DHABI DE FÓRMULA 1

Quando um piloto abaixa a viseira, não há espaço para amizade. Nos últimos dias, Daniel Ricciardo exibiu uma inusitada tatuagem temporária com o rosto de Fernando Alonso às vésperas do GP de Abu Dhabi. Entretanto, na sessão classificatória que definiu o grid de largada em Yas Marina, o bicampeão se sentiu atrapalhado, veja só, pela própria McLaren do piloto australiano no fim do Q2 na classificação deste sábado (11). Amizade à parte fora das pistas, Alonso se sentiu prejudicado, foi eliminado da sessão justamente por Daniel e disse esperar que o colega seja punido e perca, pelo menos, três posições no grid para o domingo da última prova do campeonato. E sobrou até para Michael Masi, na mira do veterano da Alpine.

“Não posso acreditar! Vamos largar nessa posição! Foi um bloqueio claro”, disparou Alonso logo depois da classificação em entrevista coletiva nesta noite em Abu Dhabi.

“Infelizmente, não temos ninguém policiando isso. O diretor de corrida é muito mole. Se você nos deixa brincar na volta de saída dos boxes, vai ser sempre uma bagunça. Precisamos de um árbitro para nos proteger e, no momento, não o temos”, criticou o espanhol em afirmação veiculada pelo site britânico The Race e apontou contra sua ex-equipe.

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Fernando Alonso se sentiu atrapalhado por Daniel Ricciardo em Abu Dhabi (Foto: Reprodução)

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“Então, no próprio tráfego, a culpa é da McLaren, da equipe ou do piloto. Mesmo se houver muito tráfego na sua volta de saída, você precisa abrir passagem quando um carro mais rápido estiver a se aproximar. E ele [Ricciardo] não se moveu”, complementou.

Alonso lembrou da punição sofrida por Sebastian Vettel na classificação do GP da Áustria por incidente considerado semelhante pelo piloto. O tetracampeão ficou à sua frente no fim do Q2, foi considerado culpado e foi sancionado pela direção de prova. “Na Áustria, tomou três posições, então espero que sejam três posições, no mínimo, ou mais”, cobrou.

Fernando elogiou a Alpine e disse que jamais foi investigado por tal incidente por conta do trabalho do seu time e que as adversárias devem se espelhar em tal exemplo. “Nossa equipe é muito afiada em nos dizer quando um carro mais rápido está chegando. Não tive uma investigação por bloqueio durante o ano inteiro, então eles também têm de ser bem afiados”.

Quando perguntado sobre o tom das suas críticas, Alonso defendeu que é preciso ‘botar a boca no trombone’. “As pessoas que não são incisivas são investigadas. Normalmente eles recebem uma punição, mas isso é outra coisa. É muito aleatório”, criticou.

Na visão do veterano, a situação atual com a frequente confusão e o tráfego intenso nos segundos finais do Q1 e do Q2 mostram uma F1 diferente na conduta da direção de prova da FIA. Em 2018, no seu último ano antes do período sabático de duas temporadas, o posto pertencia a Charlie Whiting, que morreu em março de 2019 às vésperas do GP da Austrália, em Melbourne, vítima de embolia pulmonar.

“[Agora é] Muito, muito pior que em 2018. Não há regras. Não para a volta de saída, não há tempos mínimos a respeitar, há muitas manobras estranhas. Reclamei no primeiro terço da temporada, depois mudei de atitude, e agora não tenho mais corridas para bloquear ninguém. Isso não está no meu coração”, salientou.

“Temos de estar mais alinhados com o certo e o errado. Deveria ser mais claro sobre o que é passível de punição e o que não é. Eles têm de ser mais duros em algumas decisões. No futebol, quando alguém faz uma falta grave ou algo assim, ele leva o cartão vermelho. Aqui está todo mundo lutando para receber um cartão amarelo ou vermelho. E é por isso que continuamos a repetir as mesmas coisas ruins”, criticou o bicampeão do mundo.

A decisiva e derradeira corrida desta imprevisível temporada 2021 da Fórmula 1 tem largada marcada para domingo, às 10h (de Brasília, GMT-3), com transmissão ao vivo da Band na TV aberta e do serviço de streaming F1 TV Pro. O GRANDE PRÊMIO acompanha a definição do grande campeão da Fórmula 1 AO VIVO e em TEMPO REAL.

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