Ferrari explica mudança de abordagem e fala em “pico de desempenho” na F1 2024

Apesar de estar atravessando um momento difícil, não há dúvidas de que a Ferrari começou a temporada 2024 da Fórmula 1 se portando de maneira muito mais imponente contra as adversárias do que no ano passado. Frédéric Vasseur, chefe da escuderia de Maranello, falou sobre a mudança no tipo de abordagem adotada pelo time no atual certame e também das dificuldades em encontrar mais desempenho dentro do regulamento vigente.

Embora tenha conquistado a pole-position em sete oportunidades ao longo das 22 etapas do ano passado, a única vitória da esquadra italiana aconteceu no GP de Singapura, com Carlos Sainz. Em 2024, os vermelhos decidiram focar mais no desempenho de corrida ao invés da classificação, e após 14 rodadas, duas poles foram conquistadas — ambas com Charles Leclerc — e dois triunfos, uma para cada piloto.

Vasseur, por sua vez, falou sobre as implicações de cada escolha. “Na Fórmula 1 de hoje, as diferenças são tão pequenas que, dependendo se você colocar mais atenção na classificação ou na corrida, o resultado pode mudar enormemente, mais do que o desempenho. Centésimos de segundo são suficientes para perder três ou quatro posições”, disse o chefe da Ferrari em entrevista ao portal italiano FormulaPassion.

“Temos de ter em mente que os pontos são conquistados no domingo. No ano passado, fomos um pouco mais agressivos na classificação, conquistando seis ou sete poles, mas apenas uma vitória. Tivemos de mudar a nossa abordagem, mesmo que isso sempre aconteça às custas de outra coisa. Seria um sonho poder avançar em ambas as direções, mas é preciso fazer uma escolha”, continuou.

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Depois de começar o ano como segunda força do grid, atrás somente da Red Bull, a escuderia retrocedeu após as atualizações aplicadas em Barcelona e viu a McLaren despontar, além de também ter sido superada pela Mercedes. Frédéric falou sobre a dificuldade em encontrar mais desempenho na SF-24, mas garantiu que a equipe já descobriu a causa dos últimos problemas.

“O que precisamos entender é que temos o mesmo regulamento há três anos, então atingimos o pico de desempenho. Quando apresentamos novas melhorias é para ganhar centésimos de segundo. Pode, portanto, acontecer que os efeitos secundários prevaleçam sobre os lucros, o que não acontecia”, observou.

“Antes, se uma atualização lhe garantisse 0s2 ou 0s3 e você tivesse de sacrificar 0s1 para ajustar a configuração, o saldo ainda era positivo. Se hoje você ganha 0s1 e perde outro, não é mais assim. Estamos todos nesta situação — atingimos o limite do desenvolvimento. Com exceção do último pacote [de atualizações], a Ferrari não teve problemas com as melhorias. Compreendemos perfeitamente o que aconteceu e esperamos deixar o problema para trás”, finalizou.

A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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