Ferrari identifica “anomalia” em túnel de vento e prega otimismo em corrigir efeito-solo

O engenheiro-sênior da Ferrari, Jock Clear, acredita que o efeito-solo do SF-24 visto após a corrida da Espanha foi solucionado e espera melhores resultados para equipe na reta final do campeonato

A Ferrari está otimista em ter solucionado o problema de efeito-solo (bouncing) em seu carro da temporada 2024. Ao menos, é o que garante o engenheiro-sênior de desempenho do time, Jock Clear. Após as atualizações introduzidas no GP da Espanha em junho, o SF-24 sofreu com os saltos exacerbados em curvas de alta velocidade.

Desde então, uma série de oito provas aconteceram investigando o problema. Após as férias de verão, Clear explicou o enigma em entrevista à Motorsport Week. “Nunca estamos totalmente confiantes, mas acho que é uma boa imagem do desenvolvimento. Certamente, depois da Espanha, havia alguma anomalia entre o que estava acontecendo no túnel de vento e o que víamos na pista, precisávamos superar isso”, disse.

“Não sentíamos que tínhamos perdido nosso caminho e esse é apenas parte do processo: quando você vê um problema, precisa entendê-lo, superá-lo, e voltar à pista”, completou Jock. Com a questão no túnel de vento identificada, os resultados começaram a aparecer, como sequência de pódios e a vitória de Charles Leclerc em Monza.

Assim, a Ferrari melhorou, e Clear acredita que o time italiano está pronto para caso apareça novos percalços. “Só precisamos estar de olhos bem abertos. Então, não é que às vezes o desenvolvimento não funciona, mas o processo é exatamente testar algo novo a caada semana. Estamos confiantes que tudo está sob controle e vamos apenas esperar pela próxima casca de banana”, analisou.

Jock Clear, engenheiro-sênior da Ferrari, identificou anomalia em túnel de vento (Foto: Ferrari)

Desde a mudança nas regras de efeito-solo na Fórmula 1 em 2022, todas as equipes lutam com a correlação do túnel de vento e desempenho de pista. Clear acredita que isso acontece porque a aerodinâmica deste protótipo exige que os carros estejam mais próximos do solo e, assim, não conseguem simular as condições de meio-fio ou superfícies irregulares.

“Quando o chão não gera grandes quantidades de downforce, o túnel pode ser bastante preciso. Mas assim que você entra em condições diferentes, como os quiques, ele não pode fazer isso. Podemos sacudir o carro para cima ou para baixo, mas é difícil que você consiga 100% de fidelidade. Quando chega a zero, você perde toda a sua força e todo mundo é desafiado com isso o tempo inteiro”, completou.

Fórmula 1 volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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