FIA admite que teto de gastos tornou evolução das equipes “difícil e dolorosa”
Embora reconheça que o teto orçamentário trouxe alguns desafios para as equipes do grid, Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, valorizou a implementação da regra
Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), falou sobre os impactos que a Fórmula 1 sofreu após a implementação do teto de gastos. De acordo com o grego, a diretiva trouxe inúmeros pontos positivos para a categoria, mas também dificultou a tarefa de desenvolvimento de um carro para torná-lo competitivo.
Ferrari, Mercedes e Red Bull sobraram na Fórmula 1 nos últimos anos muito em virtude do capital de investimento que possuíam. Enquanto nomes como Williams e McLaren passaram por diversas dificuldades financeiras e lutaram para se manterem no grid, as três gigantes do esporte tinham dinheiro sobrando e investiam cada vez mais para se tornarem melhores.
Portanto, para tornar o esporte mais parelho e sustentável, a categoria implementou o teto de gastos em 2021, o que tornou as coisas um pouco menos desleais. No entanto, na visão do diretor de monopostos da FIA, a medida também teve pontos negativos.
“O problema com o teto de gastos é que, por um lado, uma equipe não pode gastar três vezes mais do que a outra, o que é bom. Mas, por outro lado, isso também significa que, se você está atrás de alguém, não pode simplesmente apostar tudo e fazer uma atualização. Antigamente, algumas equipes ocasionalmente começavam uma temporada e ficavam em uma situação muito ruim, porque talvez tivessem se atrapalhado no projeto. Eles chegavam e eram humilhados nas primeiras corridas”, disse Tombazis.
“Eu estive envolvido em uma situação parecida. Mas então você simplesmente leva um enorme pacote de atualizações para Barcelona, para o Canadá, e praticamente redesenha todo o carro como um louco por três ou quatro meses e então volta a vencer. O teto orçamentário limita a quantidade de atualizações que você pode fazer. Então, se alguém estiver mais atrás, a recuperação pode ser bastante difícil e dolorosa”, finalizou o membro da FIA.
A Fórmula 1 retorna às pistas em fevereiro de 2024, dos dias 21 a 23, no Bahrein, para os testes coletivos da pré-temporada.
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