FIA altera regra após controvérsia com Pérez e Red Bull no GP do Canadá de 2024

Na ocasião, Sergio Pérez, mesmo com a asa traseira bastante danificada, levou o carro até os boxes da Red Bull para impedir que um safety-car prejudicasse Max Verstappen. Agora, a direção de prova poderá ordenar a retirada do carro

A controvérsia envolvendo Sergio Pérez no GP do Canadá do ano passado fez a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) promover alguns ajustes no Código Esportivo Internacional, permitindo à direção de prova ordenar que uma equipe retire da pista um carro danificado, mesmo que isso cause a entrada de um safety-car — exatamente o que a Red Bull tentou impedir na corrida canadense para beneficiar Max Verstappen.

Na ocasião, Pérez perdeu o controle do carro na curva 6 da escorregadia pista de Montreal e bateu com a asa traseira no muro. Verstappen, então companheiro de equipe, era o líder da prova num momento em que a ameaça de Lando Norris, da McLaren, era real. Os taurinos, então, instruíram o mexicano a levar o carro até os boxes, mesmo com parte do carro bastante avariada.

A entrada do carro de segurança àquela altura poderia ter colocado em risco a vitória de Verstappen, porém Pérez foi punido com a perda de três posições no grid da corrida seguinte, na Espanha, pela situação de risco. A partir de agora, no entanto, o diretor de prova poderá ordenar que um carro na mesma situação pare antes de chegar ao pit-lane.

A mudança aconteceu no artigo 26.10 do Código Esportivo da FIA. O texto diz que “qualquer piloto cujo carro tenha danos significativos e óbvios em um componente estrutural que resulte em uma condição que apresente risco imediato de colocar o piloto ou outros em perigo, ou cujo carro tenha uma falha ou defeito significativo que represente não poder retornar razoavelmente ao pit-lane sem atrapalhar desnecessariamente outro competidor ou de outra forma atrapalhar a competição deve deixar a pista assim que for seguro fazê-lo”.

A batida de Pérez no GP do Canadá (Video: Reprodução/F1)

“A critério exclusivo do diretor de prova, caso um carro seja considerado com danos significativos e óbvios em um componente estrutural, ou falha ou defeito significativo, o competidor pode ser instruído a fazer com que o carro deixe a pista assim que for seguro fazê-lo”, acrescentou.

Outra mudança adicional diz respeito ao procedimento de largada. A partir de agora, os pilotos que partirem do pit-lane também terão de dar a volta de formação e aquecimento de pneus.

Diz o texto: “Quando as luzes verdes na torre de largada estiverem acesas, todos os carros no grid que puderem devem começar a volta de formação, com o piloto na pole-position liderando. Ao deixarem o grid, todos os pilotos devem respeitar o limite de velocidade dos boxes até passarem pela pole-position.”

“Quando todos os carros na pista tiverem passado pelo final do pit-lane na volta de formação, a saída dos boxes será aberta, e todos os carros que estiverem partindo do pit-lane e puderem fazê-lo deverão deixá-lo e participar da volta de formação”, seguiu.

“Quando esses carros tiverem permissão para sair dos boxes, eles deverão fazê-lo na ordem estabelecida no artigo 43.3, a menos que outro carro se atrase indevidamente. Quando todos esses carros tiverem saído dos boxes, a saída será fechada. Todos esses carros devem entrar no pit-lane no final da volta de formação”, encerrou.

Com o período de testes coletivos oficialmente encerrado, a próxima atividade da Fórmula 1 é a estreia da temporada, no GP da Austrália. A etapa está programada para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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