FIA discute mudanças no Circuito das Américas após polêmica de limites de pista

A FIA discute, junto com os promotores do GP dos Estados Unidos, em Austin, corrigir os limites da pista no Circuito das Américas com a introdução de armadilhas de cascalho ajustáveis em determinadas curvas já pensando na prova em 2025.

De acordo com a Autosport, a medida é inspirada no que foi feito no Red Bull Ring, na Áustria, e visa conter controvérsias como a do último fim de semana entre Max Verstappen e Lando Norris, alvo de grande polêmica.

A disputa entre os líderes do campeonato pelo terceiro lugar nos Estados Unidos foi bastante acirrada, até que ambos saíram da pista na curva 12, a quatro voltas do fim. Norris ultrapassou Max e foi punido em 5s pela manobra, enquanto o tricampeão ficou impune. O documento apresentado pela FIA após a investigação aponta que o neerlandês se defendeu corretamente. Na mídia, a discussão imperou ao longo da semana e a McLaren, por sua vez, pediu revisão da punição com o argumento de que Norris, por já estar à frente, era a parte queixosa.

A pista norte-americana já havia feito um esforço considerável de mudanças nos limites de pista no trabalho de recapeamento feito em 2023, após pressão da Haas sobre o direito de revisão sobre o abuso desta infração. As curvas 6, 13, 14 e 15 foram estreitadas e câmeras de monitoramento foram instalados, enquanto na curva 11 foi feito uma inserção de cascalho “falso” com resina.

Porém, a grande mudança feita no circuito austríaco e elogiado pelo diretor de provas, Niels Wittich, é o que deve ser feita. Ela envolve estreitar os meio-fios e pintar linhas brancas, para garantir que os carros não possam correr neles totalmente sem sair da pista. Além disso, uma pequena armadilha de cascalho é instalada atrás para servir como impeditivo para os pilotos forçarem limites da pista. Para o alemão, essa foi considerada a “configuração perfeita”.

A ideia foi apresentada aos promotores da pista, no entanto, ela só terá o poder de forçar o circuito a mudar o design por motivos de segurança, o que dada a discussão atual, não confere. Além disso, quaisquer armadilhas de cascalho podem impactar a prova da MotoGP, que acontece no circuito desde 2013, e seria um custo extra considerável.

O chefe do Circuito das Américas, Bobby Epstein, disse antes da prova em Austin que a solução não era adequada neste momento. “Você não pode cortar a pista e colocar cascalho, depois virá-lo de volta e esperar que fique estanque quando tem argila por baixo. Então, há alguns desafios para isso”.

O piloto da Mercedes, George Russell, acredita que a mudança seria interessante para o circuito. “Para mim, a causa raiz do problema é que é uma pista que permite você correr aberto. Se tomarmos a Áustria como exemplo, eles colocaram o cascalho e não houve problemas. Se fizesse isso na curva 12, Lando não sai e ultrapassa. Max não freia tão tarde e sai também, então, acho que é aí que precisamos atacar”.

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Na sexta-feira (25), o treino livre 1 está marcado para as 15h30 (de Brasília GMT-3). Depois, às 19h30, acontece a segunda sessão do dia. No sábado (26), o treino livre 3 será às 14h30, ao passo que a classificação acontece às 18h. No domingo (27), a largada está marcada para as 17h.

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