FIA endurece regras e mexe no Santo Antônio para evitar acidentes ‘à Zhou’ na F1 2023
A FIA confirmou que vai fortalecer as regras sobre o Santo Antônio para 2023, com o objetivo de evitar que a peça quebre — como aconteceu com Guanyu Zhou no GP da Inglaterra
O acidente assustador sofrido por Guanyu Zhou no GP da Inglaterra deste ano gerou repercussões na FIA, que vai fortalecer as medidas de segurança para o Santo Antônio dos carros a partir do ano que vem. Nesta terça-feira (16), ao mesmo tempo em que anunciou o conjunto de novas regras para as unidades de potência que entrará em vigor em 2026, a entidade confirmou que vai adotar medidas para impedir que a peça quebre novamente — como aconteceu no carro do chinês.
A investigação da FIA sobre o incidente concluiu que a parte de cima do Santo Antônio dos carros atuais, que é pontuda, foi preponderante para a quebra do artefato. A peça ‘rasgou’ o asfalto de Silverstone, deixando inclusive marcas visíveis no fim da reta principal, e a entidade acredita que isso aumentou a força horizontal no momento do acidente — potencializando a velocidade e facilitando sua quebra.
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Outro fator descoberto pela FIA que foi importante na mudança da regra para o ano que vem é o próprio regulamento técnico, que foi revisado. Assim, a entidade descobriu que pela forma que as regras estão escritas, as equipes têm a possibilidade de homologarem o Santo Antônio com forças “que agem sobre um ponto inferior ao que se pretendia”. Ou seja, a resistência da peça é menor do que o planejado inicialmente no novo conjunto de regras.
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Como consequência, a determinação para 2023 é que a ponta do Santo Antônio deverá ser redonda, justamente com objetivo de evitar uma repetição do que aconteceu em Silverstone, quando a peça do carro de Zhou quebrou e o chinês ficou separado do asfalto apenas pelo halo.
A ponta arredondada vai impedir que o Santo Antônio fure o asfalto novamente, o que por sua vez vai diminuir as chances de uma nova quebra. Outra mudança que entrará em vigor no ano que vem será em relação aos testes de impacto no artefato: a pressão sobre a peça, feita para testar sua resistência, também será feita em direção à frente, algo que não ocorria até esse ano.
Por fim, foi indicado no comunicado que um dos objetivos da F1 é reformular os testes do Santo Antônio, para garantir que os carros possam resistir a uma quantidade significativamente maior de impacto do que conseguem atualmente. No entanto, essa reformulação está prevista apenas para 2024.
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