FIA envia diretiva-técnica para equipes e mira atenuar efeito de asas flexíveis na F1

Decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para 2025 é mudar testes de flexibilidade das asas dianteiras

As asas flexíveis estão sob ataque na Fórmula 1. Após descartar novos testes para avaliar a flexibilidade no ano passado, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) voltou atrás e resolveu liberar uma nova diretiva-técnica para as equipes, ainda em versão rascunho. Falta aprovação, mas o desejo é fazer com que passe a valer por volta do mês de maio.

A informação é do portal italiano AutoRacer. Segundo o veículo, o aviso da FIA foi dado especificando quais seriam as mudanças nos testes estáticos pela qual as asas dianteiras precisam passar para que sejam liberadas. Até a McLaren, grande artífice do uso de asa flexíveis no ano passado, mostrou-se animada com a mudança, uma vez que há a preocupação com o limite que Mercedes e Ferrari estão buscando desde o fim de 2024.

A intenção da FIA com isso é diminuir a extensão da flexibilidade, mas as coisas precisam ser feitas com calma. Isso porque normalmente demora de três a seis meses para que as equipes se adaptem a novas diretivas relacionadas às estruturas de carbono das asas dianteiras.

A AutoRacer aponta, então, que o mês de maio é mirado como objetivo para que a novidade passe a valer. Isso, claro, caso as coisas caminhem como a federação espera. Além disso, há uma dificuldade de também modificar as checagens das asas traseiras.

Ferrari modificou a asa dianteira no fim do ano (Foto: Reprodução/F1)

Como 2025 se apresenta como última ano da atual geração de carros, como vasta diferenciação para 2026, a decisão da FIA afeta especialmente as equipes de menor orçamento, uma vez que é de conhecimento geral que os times vão mudar o foco dos gastos de 2025 para as preparações do ano que vem em algum momento durante o campeonato.

Como já desenvolveram as asas dianteiras para 2025 levando em conta o que deu certo em 2024, é uma realidade, então, que terão de gastar tempo e dinheiro na modificação pré-definida.

A última grande polêmica envolvendo asas flexíveis na F1 veio em 2021, quando a Red Bull suspeitava que a Mercedes tinha projetado asas mais móveis que o permitido durante a disputa do título daquele ano. Para 2022, primeiro ano do regulamento atual e com aerodinâmica regida pelo efeito-solo, a FIA mudou a maneira como fazia as medições.

Sob as regras do efeito-solo, as equipes enfrentam a dificuldade perene de equilibrar o carro, uma vez que o efeito natural é que os carros sofram subesterço (e saiam de frente) em curvas de baixa velocidade e sobresterço (e saiam de traseira) nas de alta. A flexibilidade das asas, contudo, é uma arma a favor do equilíbrio se bem utilizada, porque ajuda a mudar a carga da asa em diferentes tipos de curvas. Os flaps geram maior carga em curvas de baixa e diminuem para as de alta.

Fórmula 1 se aproxima do retorno das férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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