FIA se manifesta e fala em “transparência” em punições pesadas a pilotos por “má conduta”

A FIA disse que o objetivo do apêndice acrescentado ao Código Esportivo Internacional que detalha as punições para palavrões e manifestações políticas e religiosas é "fornecer uma orientação clara aos comissários"

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se manifestou a respeito das controversas mudanças no Código Esportivo Internacional, publicadas na quarta-feira (22), que agora prevê punições pesadas para pilotos que proferirem palavrões e fizerem “manifestações políticas e religiosas” nas competições que gere — entre elas, a Fórmula 1. A entidade argumentou que o novo apêndice do regulamento busca apenas um objetivo: que as sanções sejam aplicadas “de maneira uniforme e transparente”.

Os exemplos de má conduta, segundo a FIA, aparecem no artigo 12.2.1. Uma multa de € 10 mil (R$ 62 mil, na cotação atual) na primeira incidência está fixada para “uso de palavras, ações ou escrita que causem lesão moral ou perda para a FIA, seus órgãos e executivos, mais especificamente sobre o interesse do esporte a motor e nos valores defendidos pela federação”, “má conduta”, “demonstrações políticas e religiosas”, “desrespeito a instruções sobre a participação de cerimônias oficiais”.

No entanto, o regulamento também indica que essas multas podem ser quadriplicadas quando se trata da Fórmula 1, chegando a € 40 mil (R$ 247 mil). Uma segunda incidência renderá uma multa de € 80 mil (R$ 497 mil) e suspensão de um mês, enquanto uma terceira resultará em multa de € 120 mil (R$ 742 mil) e dedução de pontos no campeonato.

“O objetivo deste novo apêndice é fornecer uma orientação clara aos comissários de pista com relação às punições por violações de artigos específicos do ISC (sigla em inglês para Código Esportivo Internacional)”, disse um porta-voz da entidade.

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Mohammed Ben Sulayem é o presidente da FIA (Foto: AFP)

“Ao estabelecer um quadro mais estruturado, a FIA busca garantir que as punições sejam aplicadas de maneira uniforme e transparente”, encerrou.

Este, aliás, não foi o único tópico polêmico a fazer parte do regulamento esportivo. O órgão também promoveu atualizações no texto quanto aos protestos que podem ser feitos contra possíveis irregularidades e má conduta de competidores. A FIA endureceu o tom ao acrescentar a palavra “inadmissível” ao tema que se refere às contestações contra decisões do painel dos comissários e ainda acrescentou que, além dos pilotos e equipes, não será permitido protestos únicos contra mais de um carro.

Em dezembro, o controverso presidente Ben Sulayem viu uma aprovação no estatuto interno da federação, que limita as formas com que a administração pode ser responsabilizada e dá mais autonomia para lidar com investigações internas.

Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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