FIA foca em metas para futuro e mira ‘regulamento sustentável’ a partir de 2026

Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, revelou que a entidade pretende criar um 'quarto regulamento' - além do financeiro, esportivo e técnico - focados em metas sustentáveis

Além da mudança de regulamento técnico, esportivo e financeiro a partir de 2026, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) também quer introduzir regras relacionadas à sustentabilidade, sobretudo pela meta de ser carbono neutro até 2030 – chamada de ‘Net Zero’.

A categoria traçou uma meta, idealizada em 2019, para não emitir mais gases estufa do que remove por meio de outros projetos, na atmosfera do planeta – sobretudo dióxido de carbono. Neste ano, Ellen Jones, diretora ambiental, social e de governança da Fórmula 1, afirmou que mudanças têm de ser feitas não apenas na área de tecnologia, com o passar dos anos, mas na parte cultural. Afinal, alterações no calendário, maneira de viajar e questões perfeitamente já compreendidas terão grande impacto nos planos.

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Por isso, com o tempo encurtando cada vez mais para a meta ser realizada, o diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, revelou que as equipes terão de seguir esse ‘quarto regulamento’ para que tudo seja alcançado até 2030.

“Não alcançaremos emissões zero em 2026, mas pretendemos criar a estrutura que construiremos gradualmente, ao longo dos anos, restrições para as equipes. Precisamos claramente de regulamentos para atingir estes objetivos, não acreditamos que possa ser apenas um pedido voluntário às equipes para fazerem X, Y, Z”, disse ele.

F1 tem meta de ser companhia carbono netro até 2030 (Foto: F1)

“Porque sabemos o quão competitivos esses caras são, e se houver algo que comprometa seu desempenho, que seja voluntário, é claro que eles não farão isso, então acreditamos que precisamos de algumas regulamentações. Tivemos algumas reuniões iniciais com as equipes e continuaremos a ter essas reuniões periodicamente entre a FIA, a FOM [Formula One Management] e as equipes, a fim de traçar a melhor estratégia”, seguiu.

Tombazis disse que ainda vão definir qual estratégia esse novo regulamento vai adotar, mas reiterou a importância da mudança já começar a ser feita.

“Estamos atualmente discutindo como e de que forma essas regulamentações assumirão, qual será a estrutura e se haverá algum tipo de limite máximo de CO₂ ou se haverá uma série de limitações em atividades específicas, na quantidade de materiais utilizados, que tipos ou fontes de materiais ou quantas pessoas viajam para corridas e esse tipo de coisas”, explicou.

“Embora possa não agradar necessariamente aos entusiastas do automobilismo, que são todos nós, é uma necessidade absoluta para o esporte no futuro. Se quisermos ser saudáveis ​​como esporte no futuro, devemos fazê-lo e é nossa responsabilidade”, finalizou.

Detalhe importante é que a frota de aviões dispostos para mover a F1 pelo mundo não são mais os 747, mas os 777, tidos como mais eficientes. O uso de combustível sustentável para os aviões também é um desejo que vai sendo realizado aos poucos.

om a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.

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