FIA libera Cadillac de teto de gastos até entrada na F1, mas limita testes aerodinâmicos

Ainda que a oficialização da entrada da Cadillac no grid da Fórmula 1 a partir da temporada 2026 pareça ser uma mera questão de formalidade, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) está levando o tempo necessário para analisar os documentos da inscrição. No entanto, a montadora estadunidense já deve ficar atenta às regras do teto orçamentário de 2025 e ao limite de tempo disponível para realização dos testes em túnel de vento.

Após quase dez anos de espera, a principal categoria do automobilismo voltará a ter 11 equipes. O Mundial confirmou, em nota, no fim do ano passado, que chegou a um acordo de princípio com a General Motors para contar com a marca a partir do próximo ano. Embora tenha fechado um acordo de fornecimento de motores com a Ferrari, a intenção da GM também é produzir as próprias unidades de potência em 2028.

A solicitação feita pela Cadillac à FIA para entrar na competição segue o mesmo projeto criado originalmente por Michael Andretti anos atrás, com o time precisando cumprir os diversos critérios apresentados pela entidade para que esteja apta a disputar corridas. A decisão, porém, é questão de tempo e depende mesmo dos termos comerciais com a Formula One Management (FOM).

Em uma conversa recente com a revista alemã Auto Motor und Sport, o órgão presidido por Mohammed Ben Sulayem voltou a afirmar que “estamos nos estágios finais da auditoria e esperamos concluir o processo em breve. Estamos trabalhando dentro do prazo estipulado para isso. Se a entrada da Cadillac for aprovada, ela atenderá aos requisitos de entrada para a temporada 2026”.

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Mas não parou por aí. A FIA ainda esclareceu a questão da quantia em dinheiro que pode ser empregada pela GM para desenvolver o carro e os demais aspectos operacionais, tendo em vista as mudanças que vão acontecer em 2026. Como ainda não compõe o grid, a equipe norte-americana está imune às regras atuais e, desta forma, livre para investir o quanto quiser na estrutura — pelo menos por enquanto.

“O limite orçamentário para a Cadillac em 2025 valerá a partir do momento em que seu registro para a temporada de 2026 for concluído”, explicou o órgão dirigente do esporte a motor.

Por outro lado, “espera-se que a Cadillac cumpra as regras ATR (Restrições de Testes Aerodinâmicos, da sigla em inglês) de maneira imediata”. Ou seja, na questão das atividades realizadas em túnel de vento, a novata já deve obrigatoriamente obedecer ao limite de tempo estabelecido para os times. De acordo com o regulamento esportivo, a equipe terá as mesma condições que a Sauber/Audi, décima colocada no último Mundial de Construtores: 368 testes no túnel, incluindo 92 horas com vento superior a 15 m/s.

Com o desejo de também produzir o próprio motor, a entidade deixou claro que, “de acordo com as regras atuais, os fabricantes de unidades de potência devem cumprir as restrições exigidas, incluindo testes de bancada, pelo menos três anos antes da entrada planejada. Este seria o último prazo possível para notificar a FIA”. Desta forma, a Cadillac tem até o fim da atual temporada para confirmar a intenção de se tornar uma fornecedora na F1.

A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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