FIA promete testes mais rígidos de segurança e cogita mudanças no Santo Antônio para 2023

A FIA vai se reunir com o Comitê Consultivo Técnico para determinar os testes de segurança para o próximo ano, e acredita-se que a entidade deve proibir o modelo do Santo Antônio atualmente usado pela Alfa Romeo na F1

Após se reunir com os diretores-técnicos da Alfa Romeo, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) prometeu aumentar os testes de segurança com o Santo Antônio, peça do carro que fica acima da cabeça do piloto e é responsável por protegê-lo de um primeiro impacto em caso de acidentes. A decisão veio em decorrência do fortíssimo acidente de Guanyu Zhou na Inglaterra.

Na largada em Silverstone, o carro de Zhou virou de cabeça para baixo após ser tocado por George Russell. Com o impacto em alta velocidade, o Santo Antônio simplesmente quebrou assim que entrou em contato com o solo. O carro do chinês ainda capotou e só parou entre a barreira de pneus e a grade que protege a arquibancada.

Desde então, a FIA abriu investigação para averiguar o porquê de a peça ter se quebrado com uma facilidade inesperada. A base em Hinwill passou a trabalhar em estreia colaboração com a entidade, e outras equipes também foram consultadas e pediram que fosse dado a elas o feedback sobre possíveis mudanças na redação do regulamento técnico.

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Guanyu Zhou foi salvo pelo halo na Inglaterra. O Santo Antônio simplesmente quebrou (Foto: Alfa Romeo)

Sobre o aumento no rigor dos testes, a FIA confirmou que o assunto será discutido em uma reunião convocada com o Comitê Consultivo Técnico, liderado pelo chefe de assuntos de monopostos, Nikolas Tombazis. Especula-se que uma das mudanças possa ser a proibição do design “spike”, permitido pelas regras até então. O conceito usado na C42, em “formato-lâmina”, foi adotado pela Mercedes em 2010 e pela Force India em 2011, mas caiu em desuso principalmente após a introdução do halo, em 2018.

Vale lembrar que quaisquer mudanças nas regras devem ser confirmadas o quanto antes para permitir às equipes tempo suficiente para garantir que o design dos chassis para 2023 esteja de acordo com os rigorosos testes da FIA. O diretor-técnico da McLaren, James Key, falou sobre o empenho da FIA em melhorar a segurança dos carros após o acidente de Zhou.

“A FIA está trabalhando duro para ajudar as equipes a realizar novos testes. Foi uma situação bastante assustadora, com um conjunto único de condições, e coisas do tipo sempre trazem novas conclusões do ponto de vista da segurança. E é exatamente isso que as equipes e a FIA estão discutindo para o próximo ano”, afirmou o representante da base em Woking.

Jan Monchaux, diretor-técnico da Alfa Romeo, também falou na ocasião do GP da França que estava trabalhando “desde o primeiro dia para tentar reconstruir o acidente e avaliar o melhor que fosse possível”. “Pode haver mudanças no futuro. Mas acredito que a FIA voltará antes das férias com algumas novas recomendações, testes adicionais. Temos de ver o que vai ser tirado a partir do feedback de todas as equipes”, concluiu.

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